MEU DIA

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 Clara acordou tarde no seu dia de folga do curso, tudo tem sido corrido apesar de lucrativo. Tudo caminhava da melhor forma possível, fazendo o que seu coração sempre desejou perto do homem que sempre amou. Hoje Clara pode observar com calma as manhas em Londres o chão úmido da chuva, os pássaros sorrateiros que cantam e não incomodam, do barulho do vento na janela, da brisa que toca o corpo a fazendo arrepiar. Clara rola na cama aproveitando cada momento que pode. O sol tímido adentrou a janela do quarto deixando o rastro de calor, Clara se espreguiça e se levanta.

- Um bom banho. Isso! Melhor coisa que faço.

Clara tomou um banho demorado, quente o que não fazia desde quando veio do Brasil, a água aqui é bem racionada além de lhe faltar tempo.

Depois do banho clara se vestiu lindamente com um belo vestido e um casaco casual, usou uma maquiagem discreta e sapatos novos deixando de lado os tênis velhos para estudos e trabalho. Clara deixou a casa empolgada e caminhou até o parque, observou os ingleses, tomou café em uma bela cafeteria e pediu um Croissants de queijo.

Clara decidiu ir na lojas de antiguidades da Kensington pois passava ali todas as tardes para trabalhar, observava a loja mas nunca tinha tido tempo de entrar para olhar.

A loja é maravilhosa, muitos itens antigos e uma sensação de pertencimento atingiu seu coração em cheio, clara sentiu como se estivesse em casa. Tudo era lindo, antigo, bem conservado. Sua paixão por coisas antigas era muito admirável.

A loja era grande mas o espaço não fica muito aparente devido a quantidade de coisas, muita coisa para ver. Mesa em madeira coloniais de mais de 100 anos, quadros e artefatos religiosos feitos a mãos por artesãos a mais de meio século, vitrolas que ainda funcionava em perfeito estado. Os olhos de Clara brilhavam e se ela pudesse levaria tudo para casa.

Encantada com tudo ela nem percebeu quando alguém se aproximou de vagar

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Encantada com tudo ela nem percebeu quando alguém se aproximou de vagar.

­- Mas até aqui você me persegue?

Clara se virou para trás assustada, a voz lhe era muito familiar e seu coração já percebeu antes de seu cérebro quem era e quase pulava pela garganta.

- Henry?

- Olha! Um avanço. Não me chamou de senhor – Henry riu.

- O que faz aqui? – Foi só o que clara conseguiu falar.

- Vim conversar com meu amigo Dhiones dono desta loja. E você?

- Vim passear.

Clara esta atordoada com a situação. Henry a observa atentamente.

- Esta bonita. Gostei! Já almoçou?

- Ainda não.

- Aceitaria almoçar comigo se não fosse incomodo?

- Sim – Clara aceitou sem entender o que estava fazendo.

Os dois se dirigiram para uma viela na mesma rua arcaica onde estavam, um belo restaurante ao lado direito.

Por ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora