Coração Brasileiro

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Clara aproveitou o resto do dia, e caminhou até a casa de Henry observando todos os prédios arquitetônicos e todo seu glamour.

Ela chegou no trabalho como de costume prendeu os longos cabelos, colocou o avental e foi para cozinha.

- O patrão hoje tem visita, hoje temos uma alimentação mais rebuscada.

A cozinheira falou bruscamente.

A cozinheira é muito boa, prestativa e gentil, mas quando tem muitos afazeres ela fica ríspida.

A hora passou muito rápido, eram muitos pratos para serem feitos e somente nos duas para dar conta. A moça que trabalhava com a limpeza muitas vezes quebrava o galho na cozinha, mas foi dispensada.
Muitas pessoas foram chegando, em seus carros importados. Muitos risos e algumas pessoas falavam alto.

Maria chegou muito rapidamente na cozinha e clamou Clara.

- Preciso muito que você venha de manhã amanhã, e por isso vou te liberar mais cedo hoje. Pode ir agora!

- Tá bem!

Clara retirou seu avental e se encaminhou até o banheiro dos funcionários.
Antes de sair da grande e festiva casa do Henry, Clara olhou para a pequena aglomeração de pessoas e viu quando Henry olhou para ele e fez um sinal com a cabeça a cumprimentando.

Clara chegou em casa mais cedo, a ponto de ainda participar do jantar.

- Venha Clara, se junte a nós! - Catarina falou.

- Não obrigada, mas já jantei. Faço companhia se não for incômodo.

Gustavo estava lá, olhando para Clara e então depois de muito encarar com seus lindos olhos azuis ele falou:

- Ontem chegou tarde do trabalho?

O que Gustavo quer que eu fale? Ele sabe que cheguei, mas ele quer que eu seja inconveniente e diga do amasso que ele estava dando na vizinha lá no muro?

- Cheguei tarde ontem e começo amanhã cedo.

- Amanhã você não vai no curso? - Ele perguntou.

- Não, precisarei trabalhar amanhã de manhã.

- Eu vou para aqueles lados amanhã, se você quiser carona?!

- Eu aceito sim. Mas agora preciso ir dormir que amanhã tem mais. Boa noite para vocês.

- Boa noite querida. - Catarina disse.

- Boa noite querida- Gustavo copiou.
Antes que ele terminasse a frase Catarina deu lhe um tapa.

- Pare de gracinha.

Clara sorriu

- Boa noite para vocês.

Na cozinha Catarina chama a tenção de Gustavo pela gracinha com Clara.

- Pode tirar os olhos dessa menina, ouviu bem.

- Nossa nada disso mãe. Ela é diferente.

- Como todas iludidas que caem na sua lábia são?! Eu não quero saber de você ficar arrastando assa para essa moça.

- Tá bom mãe, tá bom! Não vou nada que ela não queira.

- Ah, Gustavo. Eu te deserdo. Maledetto - A voz de Catarina se vez ouvir por gustavo.

Apesar da fala de Gustavo ser de concordância ele não vai sossegar enquanto não conquistar aquele coração brasileiro.

Clara amanheceu mais cedo que o normal, seu coração acelera só de pensar em ver Henry pela manhã, ela sabe que encontrara Henry em cassa na parte da manhã, sabe que ele corre todos os dias e que terá o privilégio de velo cedo.

Clara já estava pronta e Gustavo bateu na sua porta clara abriu a porta dando de cara com ele.

- Vamos?

- Sim.

- Dormiu bem essa noite?

- Bastante, poderia ter dormido melhor, mas sozinho sabe como é.

- Por que não chamou a vizinha para dormir com você – Clara riu Irônica

- Ah, não só um rolo passageiro. Nada de mais

- Passageiro? Pareciam tão apaixonados.

Gustavo riu bem alto e falou voltando os olhos para Clara.

- Imagina quando eu realmente estiver apaixonado por alguém.

- Será uma mulher sortuda tenho certeza.

Logo chegaram no trabalho de Clara.

- Obrigada Gustavo pela carona.

- Por nada, disponha quando quiser.

Ela entrou rapidamente para casa na ansiando ver o amado de qualquer forma, mas não o encontrou, não o viu no jardim, nem no deque, na cozinha não tinha ninguém. Logo Clara supôs que Henry talvez tinha viajado ou que tivera saído mais cedo. Então tratou de cuidar de seus afazeres e fazer o seu trabalho da melhor forma possível.

Clara pegou um balde, panos, sabão, e se dirigiu para o grande quarto para limpar como Maria lhe instruiu anteriormente.

Clara entrou no quarto distraída com o balde pesado e nem se deu conta do que estava por vir.

O silencio, meia luz no quarto e o pensamento de clara de por onde andava o amado a fez distraída enquanto abria as cortinas nem perceber que ela não estava sozinha. Henry colocou a cabeça para fora dos lençóis brancos como nuvens em dias de muito sol; ela já estava constrangida quando mais uma cabeça surge entre os lenções.

- Oh, sorry...

Clara engoliu seco, seus olhos marejarão, suas pernas amoleceram e um frio percorreu sua espinha a atingindo na cabeça. Gaguejando Clara pediu desculpas.

Antes que as lagrimas entregassem seus sentimentos Clara abandonou o quarto e saiu rapidamente pela porta a mesma que entrou distraida. Se dirigiu para cozinha e nem percebeu que os baldes de materiais haviam ficado para trás.

Por ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora