Ao som da linda melodia Clara e John dançaram a música lenta, os rostos se tocaram, Clara sentiu o cheiro gostoso do perfume que exalava da pele de John.
Uma mão de John estava na cintura dela enquanto o outro braço envolvia o seu torso e ela se entregou ao momento. Cada passo embalado pelo som era guiado por John que conduzia sabiamente o corpo entregue de Clara. As peles dos rostos se tocavam, o calor dos corpos se juntavam à cada pausa sábia da música, John conduzia os passos de Clara, tudo parecia coreografado. A letra da música é incrível como o momento.- Posso beijar você?
- No rosto?
- Não. - John falou bem perto.
John falou tão perto que dava para sentir o calor do seu hálito.
Clara olhou para o rosto sereno e incrivelmente semelhante ao autor da música e por um momento ela esqueceu que Henry a deixou para se encontrar com outra.
Os lábios carnudos de John tocaram suavemente os de Clara, ele apenas encostou com sua boca, ele esperou ela retribuir...
Clara gostou da sensação, gostou da temperatura, do arrepio que subiu pelas costas dela.
John apertou a cintura de Clara. Ainda com os lábios grudados, John falou:- Deixa, deixa eu beijar você.
Clara se entregou ao beijo de John, ele esfregou seus lábios e tocou com sua língua a língua dela. O gosto era de cereja, bem doce. John apertava Clara contra seu corpo.
Clara se afastou de uma só vez.- Desculpa. Eu não sei... Eu não acho uma boa ideia. Desculpa.
O silencio se fez, o disco pareceu entender que o clima tinha acabado, uma falha no aparelho. John se virou sem graça para concertar o disco.
- Eu que peço desculpas, só não estava mais resistindo. – Não queria te assustar. – John suspirou- não quero ser intrusivo, mas percebi que você sente alguma coisa por Henry que é mais que amizade, se você negar, eu até te dou esse direito, mas você sabe que vai estar mentindo para você mesma.
- Acho que eu vou me deitar.
- Me desculpe, eu realmente não quero te ofender, só estou me apaixonando. Quero que saiba que você tem mais opções e que eu estou aqui e respeito sua decisão.
-Vou me deitar.
- Por favor, fique! Eu pedi que arrumassem o jantar na sacada, seria muita gentileza se me acompanhasse.
Clara não conseguia dizer não para o olhar encantador de John, ele passava segurança.
Ele estendeu as mãos carinhosamente para ela e ele a guiou até a mesa delicadamente arrumada para dois. No centro da mesa uma rosa vermelha, uma luz bem fraca que passava calma. Tudo perfeitamente arrumado. Clara chegou a imaginar que John sabia que Henry não jantaria em casa hoje, então, estava saindo para jantar com Natalie porque John talvez tivesse pedido.
Clara se sentou na mesa e John a ajudou enquanto a isso. O cheiro estava maravilhoso, tudo tão bem ajeitado, delicado e interessante, como o dono da casa. John se sentou ao lado dela.
- Quer uma taça de Champanhe?
- O que estamos comemorando?
- Você.
-Eu? Por que?
- Eu acho que nunca me senti tão vivo como agora perto de você, talvez eu não seja o que você quer, mas eu vou te amar como você merece.
- Eu não sei nem o que dizer.
-Vem sem medo.
- Sinto trair.
- Tenho uma admiração enorme pelo Henry, ele é uma pessoa incrível, mas infelizmente não te nota como mulher e você está sofrendo enquanto pode ser feliz.
- Eu sou feliz.
- Mas pode ser mais, se você deixar. - com um jeito muito despojado- Mas me fale de você? Porque deixou o Brasil?
- Vim para Londres para estudar e acabei conhecendo o Henry, que já era uma pessoa que eu já admirava.
- Você já percebeu que a cada frase o nome dele está presente?! Do que você gosta?
- Estou amando Los Angeles, as pessoas são muito alegres, estava sentindo falta desse sorriso, do sol, da alegria. O povo inglês é muito sério. – Clara sorriu.
Eles ficaram horas conversando ela falava dela, ele falava dele e Clara nem percebeu que já passava das 4:00 AM quando o sono apertou e ela se retirou para ir dormir.
Quando passou pelo quarto de Henry ela percebeu que ele ainda não tinha voltado para casa.
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Por Ela
FanfictionClara sempre foi uma moça sonhadora, com os olhos brilhando diante das possibilidades infinitas que a vida oferecia. Dentro dela havia um desejo ardente: viver em Londres. A capital inglesa, com suas ruas históricas e o charme das neblinas, era o lu...