Ceder ao cansaço foi algo que não deu para controlar. Clara sonhou com as mãos quentes de Henry em seu corpo suado, sonhou com gemidos e sussurros, com corpos se esbarrando, com o rosto amável do Henry e se assustou quando achando beijar seu amado viu o rosto se transformar no de Gustavo.
Já passava das 7:00 quando Clara caiu da cama. Mais uma vez atrasada, o professor não vai aceitar que ela entre em sala de aula com um atraso assim tão grande. Sair correndo, sem tempo é mais do que o normal para ela, mas hoje estava realmente atrasada. Na correria esbarrou em Gustavo saindo com o carro. Ao mesmo tempo que ele era bom com ela, ela se sentia desconfortável perto dele. Ela Arranjou uma carona, mas os olhos de Gustavo não passava a segurança que ela precisava.
- Vamos logo. - Gritou Gustavo rindo.
- Está bem- Clara juntou os livros com pressa e entrou no carro.
- Conseguiu dormir o restante da noite?
- Sim! - Clara respondeu sem se quer ousar olhar Gustavo nos olhos.
- Esta estranha o que foi? Se foi pelo incomodo eu quero que você saiba que não tive a intenç...
Antes que Gustavo terminasse Clara o interrompeu.
- Não que eu me importe, mas você não tem coração, iludindo essas meninas?
- Quais?- Gustavo parecia frustrado- As mesas que vão de livre espontânea vontade para meu quarto? As mesma que imploram para que eu não pare?
- É injusto o que você faz. Você as ilude!
-Por que? O corpo que sente prazer é o mesmo que também dá. Nunca disse a elas que namoraria elas, pelo contrário sempre digo claramente que minhas pretensões nunca foram me amarrar. Se elas querem sexo eu dou. Se querem prazer eu posso dar. Mas compromisso, ainda não encontrei ninguém que fizesse eu sentir alguma coisa mais que carnal. Me culpe por isso se quiser, mas nunca mais me acuse de iludir ninguém porque isso eu não faço!
Clara calou, abaixou a cabeça. Ela sabe que as meninas acreditam que no fundo vão conquistar o coração dele e que o fato de ele não se ligar a ninguém torna o jogo mais interessante para elas. Então elas se auto iludem. E qual responsabilidade ele tem nisso?
O silencio se fez presente por todo o caminho.
- Acho que aqui é seu destino. - Gustavo falou.
Clara desceu do carro e se virou para Gustavo.
- Eu até concordo com você. Mas de uma coisa eu sei. Somos responsáveis pelo que cativamos. - Clara fechou a porta e saiu sem olhar para trás.
- Nós já estamos chegando ao final do curso. Espero que todos já estejam preparados para colação de grau.
Essas foram as palavras do professor assim que as aulas terminaram. O tempo passou tão rápido. Londres agora parecia tão pequena e as palavras de Maria a fazendo escolher entre brasil e Londres retornou a sua mente.
Não tomei uma decisão ainda, não sei o que fazer ainda. Me ajude deus... Clara rezou.
Mais tarde no trabalho ela estava debruçada sobre a geladeira limpando quando Henry entrou falando no telefone.
- Você já está vindo? Tudo bem. Estou aqui na cozinha conversando com Clara. Quando chegar passa aqui. - henry desligou o telefone. - E ai? Como está? Maria falou com você? Já tem uma resposta?
- Henry, eu ainda não sei, me sinto honrada com a proposta, mas...
- seu pais deve ser maravilhoso mas a proposta é voa, bons benefícios- henry riu. - Você é o que nós precisamos agora na equipe. Alguém de confiança, competente de boa formação.
- sei disso, seria um prazer, estou pensando ainda, e é tudo tão burocrático.
- Você é livre para escolher o que quiser, espero que escolha ficar. - Henry disse olhando-a nos olhos.
Como um furacão Suzana entrou na cozinha.
- Boa tarde amor. - Beijou Henry nos lábios.
- Boa tarde, estava aqui conversando com clara sobre ela fica. Você não acha que ela deveria pensar direitinho e ficar aqui.
Era notável a cara da Suzana para clara, era notado o sorriso forçado.
- Claro. Deve sim
- Vou subir amor, fique à vontade. Tchau Clara.
Suzana observou enquanto Henry subiu as escadas.
- Sabe Clara, Henry é muito ingênuo. Diferente de mim. Sou uma mulher esperta e sei bem o que eu quero, não acredito mais em príncipes. Não acredito em amores impossíveis nem nesse romantismo barato igual na américa latina é vendido em horário comercial. Penso que você deve estar sentindo falta disso. Do seu pais. Sua cultura é muito diferente, ne?! Londres não combina muito você não acha?
Clara não respondeu nada, apenas escutou a mulher falar. O restante de respeito que Clara sentia por aquela mulher foi pelo ralo e ela sentiu o ranço almentar.
Suzana saiu forçando simpatia e Clara se esforçando mais ainda. Clara apertou os dentes uns contra os outros. Clara morderia nela se pudesse. Mas não daria o prazer se ser demitida por justa causa.
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Por Ela
FanfictionClara sempre foi uma moça sonhadora, com os olhos brilhando diante das possibilidades infinitas que a vida oferecia. Dentro dela havia um desejo ardente: viver em Londres. A capital inglesa, com suas ruas históricas e o charme das neblinas, era o lu...