Como em um filme

217 33 28
                                    

Agora, eu tive os melhores momentos da minha vida
Não, eu nunca me senti assim
Sim, eu juro, é verdade
E devo tudo a você
Pois, eu tive os melhores momentos da minha vida
E eu devo isto a você.
        Música do filme (I've Had) The Time Of My Life
Canção de Bill Medley e Jennifer Warnes.

Lembro- me como se fosse ontem quando vi o filme Ritmo quente onde essa canção formava a trilha sonora do filme. Eu quis um Patrick Swayze na minha vida. Eu quis dançar com ele e ver seu corpo remexendo ao embalo de The Time Of My Life. Quem já não quis alguém assim? Um amor capaz de enfrentar qualquer barreira, alguém que se mata e se morre por ele. Entre os dramas mais conhecidos ou chame de romance está Romeu e Julieta é trágico mas mágico. quem não quis ser a mocinha, quem não gostaria de viver Um Amor Para Recordar? Ou até a trágica história de Jack Dawson e Rose DeWitt Bukater em Titanic? Acho que valeria ver o barco afundar por esse amor?
Me pergunto quando que o meu barco também vai afundar?
Entre amores não correspondidos e ilusões eu sigo.

No outro dia Clara chega cedo para acompanhar Henry nas cessão de fotos.
 
- Você está lindo.
Henry sorri.

- Eu sei.

- Convencido. - Clara falou levantando as sombrancelhas.

- Só um pouco. - Riu. - Me ajuda a amarrar a gravata?

Clara se aproxima de Henry que agora está sentado, sua cabeça na altura de seus seios , ela se aproxima mais um pouco e ajeita a gravata do bonitão.

Henry iria posar com uma linda modelo ruiva. Ela tinha mais ou menos 1,78, pernas longas, lindos cabelos que pareciam com uma peruca tamanha perfeição, lábios carnudos e olhos verdes. Definitivamente a modelo chamava muita atenção e clara nem imaginava o tipo de fotos que Henry faria com ela.

- Se aproxima mais. Isso, olha para ele, faz que vai beija-lo. - Enquanto a fotógrafa experiente posicionava sua câmera mandava o casal fazer as poses. - Agora passe o braço pelo pescoço dele. - Beije a de vagar.

Clara quase paria um filho vendo Henry se agarrando com a moça, seu coração doía tamanho ciúmes, poderia ser eu ela pensava. Talvez na próxima encarnação quando eu nascer 20 cm mais alta.
 
Maria entrou no estúdio e se aproximou de Clara cruzando os braços.

- Ele é lindo, né?

- Muito - Clara falou desconfortável.

- Vê se desse vez não vai para internet escrever.

Naquele momento Clara engoliu seco.

- Como assim? - Fez de desentendida.

- Eu sei que foi você que escreveu aquele incrível texto sobre amores voláteis.

- Eu? Acha! Nunca.

- Clara, lembra que eu te disse que investigamos as pessoas que trabalham conosco?

Clara engolia e suas pernas estavam amolecidas.

- Henry sabe?

- Não. Não seria justo com você, nem com ele. Eu sei que você fez o que fez por amor. - Falou se afastando para cumprimentar Henry - E eu também concordo com você. - Falou olhando para trás e rindo.

Clara agora está envergonhada, Maria contou que sabia de seu blog, cobrou que sabe de seu amor por Henry.

Quem sou eu para ama-lo? Quem sou eu para deseja-lo? Maria deve rir de mim. Deve achar que eu sou louca de gostar de alguém como ele, que não passo de apenas uma iludida uma empregada e mais nada.

Enquanto Clara estava com seus pensamentos inoportunos Henry e a modelo estavam se despedindo.
Era notável para qualquer um que a modelo com.o todas as mulheres, ou quase todas se jogavam para cima dele. Ela balançava o cabelo, sorria, tocava nas mãos dele.
Maria percebeu muito rapidamente as  intenções da modelo. Enquanto Clara estava perdida em seus pensamentos.

Tudo que quero é ser tocada, ser possuída,  e que ele então me ame, me ame só como você faz. Pelo que você está esperando?
(Love Me Like You Do
Canção de Ellie Goulding.)
Me sinto como Anastasia Steele em 50 tons de cinza. Desejo que ele me toque sem pudor, que me beije, que me invada, é tudo que mais quero.
O problema é ele me querer, é ele me ver, acho que ele não me vê, nem me enxerga.

- Clara? Por favor? Vem aqui?

Maria chamava.

- Oi, Claro. - Clara se aproximou deles.- O que deseja?

- A modelo Anna Vitória está convidando Henry para jantar, mas eu estou dizendo para ela que a agenda de Henry está cheia por hoje; não é verdade?

- Ah sim! Verdade - Clara respondeu percebendo a intenção descarada dr Maria.

- Tudo bem gente, da para desmarcar algumas coisas.

- Não sei Henry, muitas coisas para fazer, sem contar a viagem para Los Angeles.

- Isso é verdade.

Clara não queria mentir, mas Henry não deixava escolha, já iria se envolver com mais uma mulher bonita, só bonita e mais nada.

A modelo sem graça saiu, se despedindo de Henry apenas dele, demostrando sua educação.

- Gente, vocês formaram um complô contra mim?

- Henry, seria apenas mais uma Suzana.

- Entre outras que você não conheceu. - Falou Maria rindo.


Por ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora