Tolo ciúmes

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Henry está pensativo:
Por que Clara saiu da sala desse jeito? Por que ela está agindo assim, comigo? Com as pessoas? Será que ela não está gostando de Los Angeles?
O que tá acontecendo com minha amiga?
O que se passa na cabeça dela?
Não gosto de ver ela assim. Gosto da Clara alegre, companheira, que puxa minha orelha, que fala o que pensa. Depois falarei com Clara, perguntarei se algo lhe incomoda, detesto ver minha querida amiga desse jeito.

Henry não entende, ele se querer imagina que Clara está assim por conta dele, que seu coração chora por ele e que ver ele nos braços de outra mulher a faz sofrer e faz ela pensar. Pensar é bom, nele, nesse momento não é, é sofrer.

"Queriam encontrar qualquer dia qualquer hora seja onde for, para falar de amor. Para matar a saudade a felicidade." " Meu amor aí se eu pudesse te abraçar te agora..."

Poema feito de música... Os amantes de Luiz Airão.

Na verdade não tem palavras para descrever o que os dois sentem agora. Eles sofrem, Clara sofrer por que queria ser Natalie com todas as forças, e Henry sofre por ver a amiga sofrer e não entender o porquê?

- Clara, sente-se conosco, tome um copo de vinho. - Henry falou quando Clara entrou de volta na sala.

- Por favor Clara, sente-se conosco. - John disse carinhosamente.

- Obrigada. - Clara se sentou perto de John.

A lareira queimava a lenha cortada especialmente para aquele ambiente, o vinho estava absurdamente maravilhoso o perfume que vinha do corpo de Henry alcançava o nariz de Clara fazendo sua presença quase insuportável, em outros momentos o cheiro do corpo dele até poderia faze-la delirar, mas não agora, agora o que mais estava insuportável era os beijos que Natalie dava em Henry e ele retribuía. Quanto mais eles se beijavam mais Clara bebia, uma taça atrás da outra, quanto mais se tocavam mais ela sofria e mais a taça ela enchia.

- Melhor ir um pouco de vagar. - John retrucou.

 - John retrucou

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- Eu estou bem. Sabe gente, o John me pediu em namoro.

No mesmo momento Henry levantou o ouvido.

- Acho que eu vou aceitar. Clara falou sorrindo para John.

John ficou parado, olhando para ela, apesar das palavras dela serem música para o ouvido dele, ele gostaria de ouvir isso em outro momento e não quando ela estivesse bêbada.

- Sério? - Henry perguntou se inclinando para frente em direção de Clara e de John.

- Você não ouviu?! - Natalie indagou. - Ela disse que aceita o pedido de namoro. Fico feliz por vocês, espero que como eu e Henry vocês sejam muito felizes.

- É... Isso... Eu também espero, é que realmente foi uma surpresa, Clara sempre divide as coisas comigo.

Clara decidiu levantar, mas de desequilibrou.

John e Henry se dispuseram a ajudar.

- Tudo bem. Eu consigo! Vou me deitar.

Claramente Clara estava alterada, se ela ficasse ali mais tempo falaria coisas que iria se arrepender no outro dia.

- Sobe com sua namorada John - Natalie disse.

- Sim. Vou ajudá-la.

John pegou Clara pelo braço e a ajudou Clara até o quarto.

- Melhor tomar um banho Clara.

- Também acho. Mas você não vai me ver pelada, não agora - Clara riu debochadamente.

- Não faria isso de jeito nenhum, não com você bêbada.

- Vou chamar a moça que fica a noite para te ajudar. E qualquer coisa ela me chama.

John foi se retirando um pouco chateado com toda situação.

- John??? - Clara o chamou.

John se virou para trás.

- Oi?

- Me desculpe por hoje e por tudo.

John se retirou, logo chegou a moça que trabalha no período da noite e ajudou Clara a entrar no banho.

Quando Clara bebe ela gosta de ficar de baixo do chuveiro sentada, pensando.

- Senhora Clara, eu estou aqui fora se precisar. - A moça gritou com as toalhas nas mãos.

- Tudo bem Monique. Tá tudo bem, vou levar um tempo aqui, não se preocupe.

Clara se sentou no chão do banheiro enquanto a água do maravilhoso chuveiro caia sobre suas costas e cabeça massageando seu corpo. Ela passava as mãos pelo rosto e com o passar dos minutos o álcool foi cedendo espaço para a sanidade e seus pensamentos foram se tornando mais lúcidos.

 Ela passava as mãos pelo rosto e com o passar dos minutos o álcool foi cedendo espaço para a sanidade e seus pensamentos foram se tornando mais lúcidos

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Eu acabei aceitando o pedido de namoro do John de raiva, de ciúmes, não devia ter feito isso, por puro impulso, com a ajuda do miserável vinho. Ver a boca que deveria ser minha tocar a boca de outra mulher. E ela ainda deve dormir aqui, fazer, fazer... Meu Deus eu não consigo nem pensar no que os dois vão fazer essa noite. Vão fazer... Eu sou uma tola.

As lágrimas de Clara se misturavam a água do chuveiro.

- Dona Clara? Tá tudo bem aí?

- Tá sim Monique. Eu só estou curando a bebedeira.

- Se precisar por favor chame.

- Já vou sair. Muito obrigada.

- Clara se levantou, se ensaboou terminou o banho se enrolou na toalha e saiu do banheiro onde Monique a moça do período da noite a esperava amorosamente para auxiliá-la para dormir.

- Obrigada Monique, você sempre é um amor.

- Dona Clara qualquer coisa só me chamar.

- Tá bem. Obrigada e boa noite. Só mais uma coisa? Henry já foi dormir?

- Já sim!

- E Natalie?

- Ele deixou ela em casa.

- Obrigada mais uma vez.

- Por nada. Boa noite! 

Por ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora