Hai! Querido Diário.Espero que nada disso esteja acontecendo realmente.
Às vezes sinto que não posso conseguir nada, que a minha vida é regado ao vácuo do nome, que todos os meus domínios são apenas uma força maior da minha imaginação profunda e indelicada aos conceitos predominantes. Além de me faltar resquícios verídicos do gosto da vida, ou de viver.
Na verdade, eu estou sobrevivendo a ela, com ela, e para ela, já que a minha noção de tempo, é curta e rasa para um jovem de classe alta, filho de dois agentes da lei. É o que eu penso.
Não se pode ter tudo que deseja, mas também, não se pode ter nada do que deseja. Na real, eu nem sei o que desejo, ou, se, devo desejar algo. A minha vida sempre foi marcada daquilo que os meus pais quiseram que eu fizesse, mas eu nunca gostei de fato de certas coisas. Eles sim. Mas precisamente a minha mãe.
Lembro de ter ficado muito feliz quando eu tinha oito anos, e ganhei de presente de aniversário, uma câmera fotográfica minúscula, de cor vermelha, e que mais se parecia com uma polaróide. Na época, as lembranças não eram do jeito que são hoje, eu realmente guardava cada pedaço de características únicas e pessoais de cada um, e que, consequentemente, isso trazia mais solubidades e resistências ao meu cinismo mascarado.
Não foi o fato do presente ter sido algo surpreso, já que eu sabia que todos eles me dariam algo. Mas sim, o fato de que a pessoa em questão, apareceu sem mais nem menos, e me confundiu com o meu primo, um ano mais velho, que sem explicação alguma, riu da situação aleatória, e fingiu ser eu, que resultou em, meu pai nem sequer perceber que o filho dele estava atrás do bolo, ou que o meu primo, tem olhos azuis, e que é a cara de sua mãe, alemã. Ou seja, nem para se importar.
Agora, com quase vinte anos, acabei descobrindo que a vida pode sim, nunca ter limites, e que, a cada dia que envelheço um pouco, a vida fica ainda mais difícil para ser vivida. Não é fácil.
Sei que tenho algumas dificuldades, mas quem não tem? Sei que tenho pavio extremamente curto, quase, como, um fio que não se pode passar pela agulha, que sou quieto e tímido, não sou muito de me expor, e que julgo facilmente os outros, sei disso. Mas quem não é? Essa é a pergunta. Além de me achar um tremendo de um chato ambulante, ainda tenho que fingir que gosto de falar sobre coisas que não se encaixam em mim, e enquanto finjo, os outros aparentam sorrir, me julgando em pensamentos. Como eu sei disso? Eu sei, é sobre mim.Deitado na cama pequena, com a barriga virada para cima, abro os meus olhos lentamente, ansiando para que uma parte do imenso prédio que me prende de ser livre, caía sobre a minha cabeça. O pessimismo não me atormenta, ele me constrói.
Sinto pontadas em minha barriga, no canto esquerdo do meu estômago, é uma dor fina, mas que pode aumentar quando respiro. A dor de cabeça ainda é insuportável, e uma faixa branca adorna a minha cabeça oca de purezas e realizações. Mesmo assim, apesar das dores intensas pelo meu corpo, me sinto leve como pluma. A sensação é de estar voando, flutuando, mas ao mesmo tempo com os pés no chão, fundo e leve, essa é a explicação. Não é sonoro, não é visível, muito menos sentido, é apenas comigo. Eu, que já não sei se vivo, ou se morro a cada segundo que se passa. Mas de uma coisa eu sei, estou surtindo de um efeito avassalador, que não se pode conter ao nada. Os meus pés formigam, e a dor está ali, me lembrando a cada momento, que não consigo me levantar, pois um peso em minhas costas e mente, há.
Não posso evitar.
-- Que bom que acordou, filho.__com a vista embaçada, e sons sendo retirados de um rádio velho, ou quase isso, vejo a mulher que teve um filho desajustado e incompreensível, tocar a minha bochecha direita, delicadamente, como se estivesse conferindo se as coisas estão realmente bem, depois do baque que levei ontem a noite.
VOCÊ ESTÁ LENDO
̶,̶R̶e̶s̶p̶o̶s̶t̶a̶s̶ ̶C̶o̶n̶t̶é̶m̶ ̶P̶e̶r̶g̶u̶n̶t̶a̶s̶.̶
FanfictionOlá leitores do meu Diário, aqui a quem vos fala sou eu, Jeon Jeongguk. Um Jovem que cresceu tendo um péssimo relacionamento com o meu pai biológico, que me deixou com minha mãe quando eu tinha apenas cinco anos de idade. Tendo dificuldades de conví...