Seis dias depois. Estou sentado na cadeira de espera da delegacia da minha mãe. São quase nove e meia da noite de um domingo muito agitado e difícil para mim. Meus pés batucam o chão incessantemente, por obra do meu nervosismo e ansiedade de estar aqui p novamente, depois de meses.
Pelo menos dessa vez não fiz nada de errado. Pelo menos isso. Dessa vez ela não poderá apontar situações presentes sobre mim.
Aceno brevemente para alguns policiais que passam por perto. Estou aqui há quinze minutos e dois deles já vieram me perguntar se estou melhor da raiva. Toda vez isso. Me sinto um cachorro.
-- Jungkook, ela mandou avisar que você já pode entrar. - a policial Sheila diz apontando para a sala de vidro do canto direito. -- Tente ser mais calmo, hoje está sendo um dia difícil pra ela.
-- Pra todos nós.
A polícial é legal, na verdade, a maioria daqui são. Eu cresci convivendo com eles, meio que são da minha família já que a minha mãe muitas vezes precisou me trazer para o trabalho, na época que o meu pai estava sendo procurado e nenhuma pessoa queria correr o risco de perder a vida por dinheiro. Bato no vidro, e escuto a voz dela proferir um "pode entrar."
-- É uma surpresa ver você aqui.- ela diz sem olhar para mim, assinando alguns papéis.
-- E olha que nem é o seu aniversário. Viu como sou atencioso?
É uma surpresa até para mim. Se alguma coisa der errado, eu culpo a Yuna que me atormentou para que eu viesse, e tentasse manter uma conversa franca e sincera com a delegada cabeça dura.
Abro a porta.
-- Você só aparece quando quer alguma coisa. O que foi dessa vez?
-- Me sinto ofendido.
-- Coitado dele...!
Eu acabo dando uma risada indo me sentar na poltrona do meio de frente para ela, que está focada em terminar de assinar os papéis.
-- Na verdade, eu só vim até aqui para saber como a senhora está. - estou com os braços esticados na poltrona, olhando para ela. -- E essa é a parte que você responde.
-- Você não roubou um celular ou algo assim?
-- Eu não roubei nada, eu consegui porque... Porque me comportei bem, sem brigas, seguindo as regras. E eu odeio conversar por ligação. Sabe disso.
Ela ergue o olhar para mim sorrindo de canto, e volta a atenção para a papelada.
-- Hum, sei.
Eu bufo, pensando seriamente do motivo que concordei em vir para cá. Me ajeito na poltrona, erguendo a postura.
-- Na verdade, eu quero uma coisa sim. - ela está olhando para mim com a típica expressão de: "Nossa, que surpresa!" -- Uma informação valiosa que a senhora tem em mãos.
Estou sério, tentando mostrar que estou realmente decidido em descobrir.
-- Diga do que se trata, então.
-- O que sabe sobre o Saves? - ela ergue uma sobrancelha, sem entender a minha pergunta.-- Quero dizer, não é novidade para ninguém que o seu emprego tenha alguns privilégios para conseguir alguma coisa do Saves, certo? É meio que óbvio.
-- Informações rasas?
-- Já é alguma coisa.
Ela diz isso porque com o suporte de delegada chefe, ela acaba tendo auxiliares para qualquer canto que possa ir, desde que se comprometa com as leis. Não estou pedindo para que ela mate ninguém, muito menos que faça alguma coisa que possa perder o seu emprego ou prejudicar alguém. Não é a primeira vez que ela faz isso, então agora também não seria diferente.
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̶,̶R̶e̶s̶p̶o̶s̶t̶a̶s̶ ̶C̶o̶n̶t̶é̶m̶ ̶P̶e̶r̶g̶u̶n̶t̶a̶s̶.̶
FanfictionOlá leitores do meu Diário, aqui a quem vos fala sou eu, Jeon Jeongguk. Um Jovem que cresceu tendo um péssimo relacionamento com o meu pai biológico, que me deixou com minha mãe quando eu tinha apenas cinco anos de idade. Tendo dificuldades de conví...