̶,̶R̶e̶s̶p̶o̶s̶t̶a̶s̶ ̶C̶o̶n̶t̶é̶m̶ ̶P̶e̶r̶g̶u̶n̶t̶a̶s̶.̶

Vantajoso.

" Como assim, que briga?"

Foi o que eu digitei, antes de atravessar a rua, e caminhar até o dormitório B. Quando abri a porta, encontrei o Yoongi sentado no canto da outra cama, limpando cuidadosamente o nariz da Giulia, que resmunga de dor, pelo algodão encharcado.

-- Ai!__ela grunhiu fechando os olhos. -- Tenha mais cuidado.

-- Quer fazer sozinha?__ele respondeu trocando o algodão.

Eu fechei a porta, e caminhei até eles, que notaram a minha presença tempo depois.

-- Você tem merda na cabeça?_proferi, ao lado de Yoongi, de frente para ela. -- Sabe no problema que isso vai causar para você? E o projeto? Já pensou nisso?

Ela suspirou abrindo os olhos.

-- E o que você queria que eu fizesse? Ficasse de cara pra cima? Sabe o que aquele babaca fez?

-- Eu ouvi dizer que não foi a primeira vez?__Yoongi completou, eu o olhei torto. -- Desculpe.__ele voltou a limpar o sangue.

-- Eu não estou nem aí para ele, a minha única preocupação é você. Já pensou na merda que isso vai dar? E os seus pais? Você tá fudida e eu não vou poder te ajudar nessa.

Ela olhou para mim, como se ela já soubesse tudo, e não precisa ouvir de mim. Estou sem paciência, porque sei o quanto isso é importante para ela, e que inevitavelmente, alguma parcela da culpa cairá sobre ela. Inevitável.

-- Você acha que eu não sei?_ela está irritada.

-- Acho.

Ela fixou o olhar ao meu, fazendo o cenho franzido, e os olhos apertarem.

-- Então pode ir embora!

-- Esse é o meu quarto. Quem tem que ir embora é você.__cruzei os braços, ela fez o mesmo.

Yoongi está agachado, intercalando os olhos entre nós dois. Ele apertou o algodão, ela grunhiu de dor.

-- Gente, calma!__ele sentou ao lado dela.-- Conversar é o melhor.

-- Eu não quero conversar.__ela disse. -- Eu quero vê-lo morrer. Já pensou? Eu quero pisar no saco dele até torrar os ovos.__ela riu.

Yoongi olhou para mim, e se afastou um pouco para o lado, cobrindo sutilmente a virilha com as mãos.

-- Mas isso não vai acontecer.__ela disse cabisbaixa. -- Ele é filho do diretor do banco, eu sou filha do empregado do diretor do banco...

Ela abaixou a cabeça, encarando as próprias mãos juntas sobre as coxas.

Yoongi olhou para mim, apontando com a cabeça para que eu faça alguma coisa. Eu não quero fazer nada, ela sabe que está errada, e que eu não apoio o outro cara, e o que aconteceu entre ele e as outras, é problemas deles, não meu. Yoongi bufou, depois de perceber que eu não estou muito disposto.

-- Ei, está tudo bem.__ele disse.

-- Não, não está.

-- É não está mesmo.

Eu bufei, e caminhei até a janela, abrindo-a, enquanto Yoongi toca o ombro dela, a consolando.

-- Eu só quero que nada disso aconteça mais. Porquê é tão difícil? Elas não tiveram culpa, ainda por cima ele confessou que fez mesmo, quando eu dei um soco no na boca dele.

Ela fechou o punho.

-- Você o conhece?__Yoon perguntou.

-- A gente chegou a estudar junto no fundamental. Não éramos da mesma turma, ainda bem. Mas nunca nos demos bem, talvez ele tenha raiva de mim porque eu estudei na mesma escola que ele, e sou filha de um empregado do pai dele. Imbecil do ovo podre!