Girassol.

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* Taehyung *

Ajeito a minha postura, deixando que as minhas costas toquem o travesseiro da cama do Hospital. Puxo o lençol fino para cobrir as minhas pernas, enquanto tento parecer menos pior para cada pessoa da minha família que estão me lançando olhares de preocupação e julgação ao mesmo tempo. Como sempre.

-- Estou melhor, galera. Já disse. Foi só um susto. Já tomei soro, estou me sentindo muito bem. Uhul! Sorriam.

Mostro o meu melhor sorriso, mas ninguém parece acreditar de verdade. Minha tia Audrey se aproxima, com uma expressão nada boa. A maioria estão espalhados pelo quarto. As crianças não puderam vir por causa da escola, Lucas que está sentado na poltrona, deixou bem claro isso.

-- Ficamos preocupados com você. Não estava nada bem ontem. Saiu que nem um doido varrido, achamos que você tinha morrido. Acha isso bonito?

Ela me lança um daqueles olhar que diz: Estou preocupada, mas posso te matar se voltar a fazer isso de novo.

-- Desculpe, ok? Foi só um susto. Passei por muitas emoções ontem. E ainda por cima, acabei esquecendo a bombinha no meu quarto. Não é engraçado? Sorria.

-- Como sempre, teimoso.

-- ... Uhul! Alegria!

Alguns dão risada da minha falsa motivação sarcástica. Minha tia cruza os braços, negando a minha atitude. Meu tio Sam se aproxima ao lado dela.

-- Audrey tem razão. Você passou dos limites. - ele diz, preocupado.

-- Mas eu estou bem. Já disse. Desculpe por preocuparem vocês, mas... Como ficaram sabendo? Aliás, como eu saí do elevador?

Cadê Jeongguk?

Minha tia bufa.

-- Um rapaz desconhecido me ligou do seu celular. Eu fiquei que nem doida dentro de casa preocupada com você. Pra chegar aqui, e ver você ficar tirando sarro da própria saúde. Isso não é brincadeira. Não se brinca com essas coisas.

-- Mas eu não estou brincando. Realmente me sinto melhor.

-- Igual ao seu pai. Teimoso.

Rolo os olhos e cruzo os braços ao redor peito. Minha tia bufa outra vez, fazendo o meu tio dar risada pela divergência de opiniões entre a gente como sempre foi.

Ele deixa um beijo na testa dela, e se aproxima mais de mim ao perguntar em tom baixo e repleto de carinho;

-- Está bem mesmo?

-- Estou tio. De verdade. Obrigado.

Ele abre um sorriso convencido do que digo, porque é a verdade. Se afasta de mim em seguida para conversar com minha tia, que agora está sentada no sofá, tentando relaxar.

Quando olho para o lado, vejo um estrondo na porta de empurrar, e a Rosé atropelar quem está na frente, ou seja, Lucas que quase deixa os seus cachos presos quina da porta.

-- Cadê ele? Cadê ele, hein? Cadê ele? V!

Ela olha para os lados, segurando um buquê de flores vermelhas. Jimin vem logo atrás, preocupado com Lucas.

Ergo uma mão e digo para chamar a sua atenção;

-- Estou aqui, Rô.

Quando percebe a minha existência, mostra um sorriso radiante, e caminha depressão até mim para me abracar quase amassado os meus ossos.

-- Você está me machucando...- choramingo. -- Rosé...

-- Desculpe. - ela se afasta. -- Quer saber, desculpa nada. Pega aqui as suas malditas flores!

 ̶,̶R̶e̶s̶p̶o̶s̶t̶a̶s̶ ̶C̶o̶n̶t̶é̶m̶ ̶P̶e̶r̶g̶u̶n̶t̶a̶s̶.̶ Onde histórias criam vida. Descubra agora