Immortality

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Os meses de procura pareciam, finalmente, ter acabado. Foram quase seis meses de pesquisa.

E não é qualquer pesquisa. Se tratando dos Winchester, meia informação não era o suficiente - pelo menos, para Allison não era o suficiente.

Sam e Audrey não faziam ideia do que estava acontecendo - Castiel muito menos -, todos pensavam que se tratava de um retiro pessoal. Depois de tanto caçar, tantos sustos, o famigerado casal Winchester só queria passar um tempo a sós.

Mentira.

Não era apenas isso. Era um investimento muito, muito alto, mas que valeria a pena se escolhessem a casa certa, na cidade certa. Era por eles, por um futuro. Era para que um dia pudessem se sentar na mesa de jantar para passar o natal, toda sua família reunida no almoço do Dia de Ação de Graças.

Se Dean fechasse os olhos, ele podia imaginar a casa dos sonhos.

Em uma noite que haviam perdido o sono, Allison fez alguns rabiscos de como deveria ser. Quantos quartos, quantos banheiros - ao menos quatro, eles queriam espaço para receber a família, mesmo que não tivessem filhos tão cedo.

Enquanto Dean sonhava alto, ela sorria o observando. Pareciam dois adolescentes sonhando algo impossível. Aquilo fez borboletas voarem em seu estômago, e pela primeira vez, significava algo bom.

Na manhã seguinte, Dean acordou mais cedo. Ele encarou a esposa, que dormia profundamente, e não quis acordá-la. Ele se levantou, e foi até a cozinha do Bunker.

— Acha mesmo que precisamos de tanto kit de primeiros socorros só para acabar com um ninho de vampiros, Sam?

— Não foi você que quase foi mordida da última vez, Audrey?

— Aconteceu uma vez!

Dean se surpreendeu com a correria tão cedo pelo Bunker, e ao chegar na sala principal viu seu irmão junta pertences dentro da bolsa.

Audrey passou pelo caçula, jogando um dos facões encapados e Sam o pegou para guardar na bolsa.

— Nossa, quanta coisa... — e encarou o irmão, com dúvida.

— Vampiros. — Sam disse, como se explicasse tudo — É um ninho grande, estão fazendo uma chacina. Estamos indo para o Missouri. Vocês vem com a gente?

— É, não. Vocês dão conta. — o mais velho coçou a garganta. Ele queria tanto ir, Sam sabia disso. — Quando digo isso, eu falo da Audrey. Ela da conta. Já você... tá meio fora de forma. Há anos.

Sam fez uma careta.

— Você não está saindo mais pra caçar, Dean. Há semanas. — ele disse — Se alguém está fora de forma, esse alguém é você.

— Ainda consigo ganhar de você.

— Isso fica a desejar, Dean — Audrey chegou em segundos ao seu lado, com uma mochila nas costas.

Ele a encarou pelo canto dos olhos, Audrey sorriu para ele.

— Está pronto? — perguntou ao encarar Sam.

— Sim, eu desço em alguns minutos.

— Certo. Não esquece das armas.

Ela pegou sua mochila e a de Sam, descendo as escadas até a garagem.

— Diga para a Ali que ligamos quando chegarmos.

— Boa sorte. E toma cuidado!

Dean revirou os olhos, parecia estar falando com uma criança. Ele viu Sam fechar a última bolsa, e se encararam.

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