Quando os Arcanjos descem dos Céus, a Terra se transforma em um Inferno.
Aos dezessete anos, seu destino havia sido traçado. Ela entende de armas, de carros e de bebidas, mas, principalmente, de monstros.
Allison foi abandonada por sua mãe e treina...
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Sam parecia radiante. Mal tive tempo de tirar o casaco antes que ele me entregasse um pedaço de jornal e me obrigasse a ler quase imediatamente.
Pisquei lentamente. Não entendia nada do que ele falava, muito menos do que estava escrito naquele pedaço de papel. Com a sua falta de explicações, eu tive que perguntar:
— O que é isso?
— Um artigo que saiu no jornal de Folsom há um mês — ele apontou para o papel —, na mesma época que os pescadores começaram a desaparecer.
— Quando as obras das tubulações começaram. — Allison, colada ao meu lado, estreitou os olhos para ler a notícia e encarou meu irmão — O esgoto passou a ser descartado no lago? Não pode ser coincidência.
— As sereias estão chateadas porque transformaram o lago delas em um lixão a céu aberto. — dei os ombros, lhe entregando o papel — Mas, por que agora? E por que pescadores?
— Eu não sei. Só existem lendas e folclores a respeito delas.
Sam encolheu os ombros, todo o seu brilho sumindo. Suspirou.
— Tiveram mais sorte?
— Ah, sim, eu estou noivo. — meu sorriso cresceu e, tanto Sam, quanto Castiel, não acreditaram.
Allison, do outro lado do quarto, bufou para mim, sem tirar os olhos do mural que meu irmão construiu mais cedo na parede do quarto.
— Desculpe? — Sam balbuciou.
— De quem? — dessa vez, Castiel até arqueou as sobrancelhas.
— Aquela ali é a sortuda — apontei para Allison, que sequer se deu o trabalho de virar para me xingar — Ei, senhora Winchester, não vai cumprimentar a sua família?
— Vai se ferrar, Dean.
Sam ficou de queixo caído, e ela arregalou os olhos.
— Por Deus, Sam, seu irmão está brincando. Não me olhe com essa cara de espanto.
A Hasthings apertou os olhos para me repreender, mas aquilo me arrancou um risada.
Castiel também pareceu incrivelmente confuso, olhou para mim e depois para ela, avaliando se era brincadeira. Até que Sam começou a rir, alto o suficiente para chamar nossa atenção.
Era irônico e cruel, ao mesmo tempo.
— Qual é a graça? — precisei perguntar.
— Eu deveria saber que isso era brincadeira. — ele continuou rindo, de mim dessa vez — Você, noivo?
Havia uma pontinha de acidez na sua fala.
— E ainda noivo da Ali? — Sam limpou as lágrimas no canto dos olhos — Boa tentativa.
