Could Have Been Me

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As portas do quarto pareciam os portões do inferno e o diabo estava me aguardando para dar a minha sentença

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As portas do quarto pareciam os portões do inferno e o diabo estava me aguardando para dar a minha sentença.

Eu sei que todas as ações têm consequências, mas não me importava com o que Dean ou seu irmão diriam, porque eu acabei de salvar a vida daquela mulher - e de futuras vítimas.

Assim que estacionei o carro, um Winchester furioso atravessou as portas para me encontrar. Ele estava com os punhos fechados e sua testa tão franzida que pensei que Dean teria rugas aos trinta anos.

Talvez ele pudesse, de fato, me chamar de tola e ingênua, mas é o meu trabalho - e por mais que tente me afastar dele, Dean sabe que é perda de tempo. Todos nós estávamos fadados à morte.

Sussurrei para Castiel ir na frente, que checasse Sam enquanto conversávamos.

— Antes que você grite e comece um daqueles seus longos monólogos sobre como o que fazemos é perigoso — e balancei a cabeça, tentando imitá-lo — e como eu poderia ser trucidada por um fantasma... como está o Sam?

— Ele está bem.

Dean respondeu rápido, cuspindo as palavras. Mas, não me olhava - talvez por raiva, não importava porque doía da mesma forma.

Eu não deveria me sentir culpada, mas sentia.

— Que bom. — murmurei, dando um passo em sua direção — O colar está aqui, divirta-se terminando o trabalho.

Peguei sua mão e lhe entreguei a jóia, antes de esconder as minhas mãos no bolso da jaqueta para voltar para o meu quarto. Eu estava cansada demais para lidar com ele e sua mania por controle.

Sua mão rodeou meu pulso, firme o bastante para me fazer parar de caminhar para olhá-lo. Quando tentei me soltar, Dean me segurou com mais força.

— Você está me machucando! — avisei ele, tentando me afastar. Mas, Dean era forte. — Céus... eu estou aqui, não estou? Termina a porra do trabalho.

— Você é muito teimosa.

Dean só me soltou quando me puxou para ficar cara a cara com ele outra vez.

— Deveria ter me ligado, deveria ter me procurado! Você não-

— Eu não, o que? — franzi as sobrancelhas quando ele deu outro passo na minha direção e, de repente, me senti minúscula — Uma mulher não consegue fazer o mesmo trabalho que um homem?

— Isso não é guerra dos sexos, princesa. — sua falsa reverência quase me fez pular em seu pescoço para calá-lo — Você poderia ter morrido. Ou coisa pior!

— Nada é pior do que a morte.

Seus olhos me diziam que não.

— Droga, quantas vezes vou precisar mostrar o meu valor a você?

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