THE HUNTERS | supernatural

Destroyed Trust

Ao estacionar o carro, Allison tirou a chave do contato e pegou sua jaqueta no banco de trás de seu amado carro.

Eu desci do Dodge e fui até o porta-malas, pegar as armas. Se aquela coisa estiver aqui, quero estar preparado. Sempre acabamos sendo pegos desprevenidos.

Aquela situação na loja de armas não saía da minha cabeça. O garoto tentou se matar, porque a mãe havia pedido. Meu irmão quase atirou nele, correndo riscos.

Esse não era meu irmão. Sam nunca faria, nunca machucaria alguém inocente. Enquanto carregava as armas, meus olhos baixaram para o chão e suspirei.

Era muita coisa ao mesmo tempo. Após meu pai morrer, havia me dito que ou eu salvaria meu irmão ou teria de matá-lo. E eu faria qualquer coisa para salvá-lo.

Ruby era outra das coisas que não saía da minha cabeça. Fico remoendo aquela informação, de que Sammy estava se envolvendo com aquele Demônio desgraçado.

Ela pode ter feito o que fosse, salvar Sam várias e várias vezes. Mas, não muda o fato do que ela é; um Demônio. Assim como Ava.

Ser morto, possuído, renascer... Era algumas coisas básicas da nossa rotina. Suspirei comigo mesmo, um pouco antes de travar a arma.

A silhueta da Hasthings apareceu bem na hora, ela estava no telefone e falava com Sam. Havia um vinco entre suas sobrancelhas enquanto falava, Allison estava tensa.

- Já chegamos, não demore. Por favor, Sam - ela suplicou ao meu irmão, um pouco antes de desligar.

- E então, onde ele 'tá? - perguntei a ela, voltando para a realidade.

- Foi falar com o legista - um suspiro escapou de seus lábios, quando ela passou a mão nos próprios cabelos, a fim de afastá-los do rosto - Acha que ele vem?

- Acho. O Sammy não é de escapar de uma boa presa - tentei abrir um sorriso, por mais que me doa apenas por fingir.

Mas, eu sabia que não iria esconder por muito tempo. Já havia explodido várias pessoas, com a pessoa errada. De qualquer jeito, uma hora isso iria acontecer.

Carreguei a arma e a travei, depois de entregá-la para a Hasthings. Seus olhos se abriram no mesmo momento que lhe estendi o revólver, sua testa se franziu.

- Sabe que temos que esfaqueá-lo pelas costas, não é? - Allison indagou.

- Eu não ando mais, sem meu revólver, baby - pisquei pra ela e estendi sua arma novamente - Pega isso, eu vou afiar as facas.

- Não precisa, já estão prontas - a mulher explicou, abrindo um outro compartimento traseiro do porta-malas - Faça sua escolha, senhor Winchester - quando se afastou, revelou um segundo tipo de arsenal, que continha vários tipos e tamanhos de lâminas.

- O que é isso, pediu por encomenda? - me virei para olhá-la, Allison sorriu de canto.

- Quase isso. Se divirta escolhendo.

A Hasthings liberou espaço para que eu desse uma boa olhada em seu armamento. Essa mulher realmente não é como as outras, ela é diferente em todos os aspectos e formas.

Ela prendeu os cabelos, mantendo os olhos fechados, depois arregaçou as mangas de sua blusa.

Tudo nela parecia me enfeitiçar. Seu sorriso, seu cheiro, sua temperamento e seu sarcasmo. As mulheres que conheci antes, carregavam maquiagem na bolsa.

Ela não. Essa mulher carregava um revólver calibre 0.45, com apertos feitos de prata e com a inicial de seu sobrenome.

Eu perdia a conta, perdia totalmente o tempo quando estava observando o que fazia. Eu tinha medo de dizer a ela a verdade e, nesse caso, vejo o tanto de tempo que perdi.