Like a Hurricane

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Lebanon - Kansas

22 de setembro, 2010 - 05:34 PM

Dentro de poucas horas, os irmãos Winchester já estavam de volta. Aquele familiar olhar, caído e cansado, estava estampado no rosto de ambos.

Sam passou pelas portas, antes de seu irmão, e me olhou. Era como um aviso, como se eu precisasse me preparar para um surto, ou um ataque de Dean.

Suspirei, ao pensar que não era um Cavaleiro, e sim um simples caso policial.

Não podia culpar ninguém por isso, nem Audrey, nem Dean por estar de mau humor. Era um tiro no escuro.

- E... Como foi a viagem? - torci meus lábios, sem saber o que dizer. Fui recebê-lo, enquanto o ajudava a pegar as malas.

- A viagem foi ótima, só que desnecessária. Rodamos horas, para absolutamente nada - ele me respondeu, curto e grosso - Eu vou voltar 'pra pesquisa.

O Winchester beijou minha testa, ao passar por mim. Ele não queria descontar na pessoa errada, e eu sabia que não queria jogar a culpa para mim.

Embora, convenhamos que a maior culpada seja eu.

Ele se sentou à mesa, rodeado por livros, enquanto eu ainda estava parada sem saber o que fazer. Era muito exaustivo.

Castiel apareceu logo depois, e seu olhar já me dizia que não tinha encontrado nada importante.

- Por que eles estão se escondendo tanto? - perguntei ao anjo - Isso não faz sentido, eles não são os Quatro Cavaleiros?

- Queria ter as respostas, Allison. Mas, eu não tenho - Castiel acenou, e cedi passagem para que ele voltasse para a biblioteca -, ainda.

Minha cabeça estava latejando de dor. Eu preciso de mais café. Divaguei, antes de ir até a cozinha. Pelo menos, poderia me distrair.

Aquela sensação estranha e dormente voltou a mostrar sua presença, minha nuca ardia uma vez ou outra. Mas, além disso, eu ficava me perguntando se aquelas sonhos e premonições voltariam um dia, ou se tinha acabado para sempre.

Se alguém poderia me responder, esse alguém seria o Castiel. Eram muitas perguntas inexplicáveis, eu precisava de respostas, mas nunca as acharia aqui.

Apesar dos Homens de Letra terem livros, documentos e diversas anotações sobre o mundo sobrenatural, não acredito que eles já tenham encontrado algo como eu.

- Ali, posso falar com você?

Sam surgiu na porta repentinamente, despertando os meus devaneios, quase derrubei a xícara no chão por conta do susto.

Afastei do meu corpo, antes que derrubasse o café fervendo em mim.

- Puta merda, Sam, não aparece assim do nada - falei a ele, com uma mão no coração - Será que você ficou maluco?

- Foi mal, foi mal. Mas, eu queria falar com você - e com aqueles olhinhos manhosos, jurava ter visto o Sam que conheci há anos.

- O Dean está lá embaixo, você não prefere falar com ele?

- Não. Hãn... Não é um assunto de irmãos. Eu prefiro falar com você, Ali.

- Sabe que eu não sou formada em psicologia, não é?

Eu brinquei com ele, acenando para que se sentasse comigo à mesa da cozinha. Sam se esforçou e mostrou o sorriso mais falso que eu já vi, vindo dele.

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