Whisky and Misery

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Carter fez suas perguntas idiotas, como diz o protocolo do FBI

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Carter fez suas perguntas idiotas, como diz o protocolo do FBI.

Achei convincente a versão de Sam, que dizia que eles tiveram um ataque de raiva por causa do excesso de remédios e nos atacou.

Pela cara de Carter, ele não acreditava em nós. Nem um pouco. Ele apenas fez suas anotações para pensarmos que ele estava nos levando a sério, mas no fundo, ele sabia.

Seríamos suspeitos de assassinato, consequentemente presos. Não dava mais para esconder meus ferimentos e as armas e o sangue.

— Obrigado pela ajuda, senhor Winchester. — o agente acenou com a cabeça e apontou para mim — Se importa se eu falar com a senhorita Hasthings a sós?

Encarei o agente e depois Sam, que me encarou perguntando se eu concordava com aquilo.

Balancei a cabeça e o deixei ir. Eu não concordava, mas não tinha outra escolha.

Ele se juntou a seu irmão, que estava sendo atendido por um dos paramédicos. De longe, podia ver que ele demoraria dias para levantar da cama.

Essa é a terceira cena do crime. — ele comentou, ocupando o lugar de Sam. Eu suspirei, olhando minhas mãos manchadas — Tem alguma coisa para me dizer?

— Sim, eu tenho. Vai para o inferno.

Larguei a bolsa de gelo no balcão, e Carter arqueou as sobrancelhas para mim.

— Você quer uma explicação? Por mim, tudo bem. — murmurei entre dentes, olhando ao redor — Mas, eu não posso te explicar aqui.

Carter piscou rápido e balançou a cabeça, apontando para a saída.

Me levantei e deixamos o bar. A perícia estava prestes a levar os corpos embora, eu apontei para eles e Carter os chamou.

— Obrigado. Podem ir. — ele dispensou os peritos com um aceno de mão.

Tirei a lona de seus rostos, revelando seu lado animalesco. As garras, os dentes, os olhos... eles conseguiam se misturar entre nós, mas não eram como nós.

— Acredite em mim. Por favor. — implorei a Carter, dando-lhe espaço.

Seus olhos perderam o brilho e seu rosto perdeu a cor. Todo o encanto e a mentira desapareceram, e Carter era como nós. Ele sabia a verdade.

— Espera. — ele riu, fraco e descrente — Como isso- como é possível?

Quando me encarou, eu dei os ombros. Não sabia o que lhe dizer - na verdade, eu nunca sabia o que dizer.

— Foi isso que eu tentei te contar. — cocei a garganta e fechei a lona outra vez — Essas coisas existem, Carter, todas elas. Tudo que disseram para você, que era mentira, são reais. — o encarei, escondendo as mãos no bolso da jaqueta — É o que eu faço. Lobisomens entediados, por exemplo.

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