Shoot to Thrill

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Abri lentamente os olhos, tentando me acostumar com a claridade naquela manhã

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Abri lentamente os olhos, tentando me acostumar com a claridade naquela manhã. Cheguei a pensar que tudo não passou de um terrível pesadelo, até aquela dor lasciva se espalhar pelo meu corpo.

Minha cabeça, então, começou a latejar, parecia que meus sentidos estavam desaparecendo. Minha visão ficou turva e voltei a me deitar, desistindo.

Meu corpo ainda estava se recuperando, bem lentamente, coberto apenas por uma camisa que não era minha e um lençol branco. Imagino o trabalho que não tiveram para tratar dos meus ferimentos sem a ajuda de Castiel.

Tateei a cama, procurando por algo que pudesse me ajudar a levantar. Meus olhos percorreram a extensão do quarto e estava sozinha, sentia as paredes se fechando ao meu redor.

Era tarde demais quando percebi que estava prendendo a respiração. Podia ouvir gritos, o choro agudo de uma criança. Quando fechava os olhos, eu via sangue e os olhos de Ava.

Minha mente estava me pregando uma peça. Não era eu, eu sabia - ou achava que sabia, ou estava apenas fugindo das minhas responsabilidades.

Meus pés tocaram o assoalho frio da casa. Corri o quanto pude até o banheiro, jogando água no meu rosto para espantar meus pensamentos. Não adiantou.

Queria acreditar que tudo não passava de um sonho, mas eu podia sentir a água escorrendo pelo meu rosto. Ainda podia ouvir os gritos. Era real.

Desci as escadas e, no último degrau, todos se viraram para me olhar.

— Ei, Ali. — o sorriso de Sam desapareceu quando notou como eu parecia pálida — Você está bem?

Inspirei fundo. Não estava sozinha, eles estavam aqui. Sam estendeu sua mão e eu aceitei para descer o último degrau.

— Estou bem. — fingi sorrir para ele.

— Que bom que acordou. — minha mãe também se aproximou, me oferecendo um copo de água e analgésicos. — Beba isso. E os curativos?

— Estão aqui.

Aceitei as aspirinas e o copo d'água. Sam não parecia acreditar em mim.

— Obrigada. — devolvi o copo vazio para Maya, que sorriu para mim.

— Pesadelos?

Bobby sabia me ler como um livro.

— Alguns. — balancei a cabeça, enquanto Sam me ajudava a me sentar na cadeira.

— Ser possuído faz isso com a gente.

— Eu vou tirar uma folga. — ri baixo com as broncas de Sam.

Bobby voltou da cozinha com uma xícara de café - sem álcool, ele jurou.

Sam se juntou a mim, calado, enquanto Maya e Bobby voltavam ao trabalho. O que quer que fosse, faziam questão de me deixar de fora. Pareciam não querer perder tempo algum, agora sabendo que eu estava acordada. 

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