Quando os Arcanjos descem dos Céus, a Terra se transforma em um Inferno.
Aos dezessete anos, seu destino havia sido traçado. Ela entende de armas, de carros e de bebidas, mas, principalmente, de monstros.
Allison foi abandonada por sua mãe e treina...
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Lebanon - Kansas Noite de Natal, 2011
Ele ofegou algumas dezenas de vezes antes de espiar por cima daquele bloco de concreto.
Krampus farejou como uma criatura faminta, ergueu o queixo, e quando pensou que o tinha encontrado, virou-se para trás.
Dean se abaixou, engoliu seco sabendo que poderia estar morto dentro de alguns segundos.
Para todo lugar que olhava, restava lixo, a sucata e os restos deixados para trás daquele prédio abandonado. Não tinha nada que pudesse usar para se defender, ele se encontrava em um beco sem saída.
O Winchester olhou para cima, e Krampus estava bem ali, olhando para ele. O encarava tanto, como se soubesse se todos os seus pecados e a criança levada que foi a vida inteira.
Quando Krampus rosnou, algo acertou sua cabeça e sua atenção se voltou para Allison.
Ela atirou até o pente descarregar, e que surpresa, balas de prata não tinham efeito algum naquele pele grossa.
— Oh, merda. — ela tirou o pente da arma e atirou contra Krampus, acertando sua testa.
A criatura rosnou outra vez e dessa vez começou a correr atrás dela. Allison imaginou aquela coisa agarrando seus tornozelos, cravando as garras em sua pele, e tremeu.
Krampus era rápido, rápido demais para tentar fugir dele. A Hasthings tentou subir as escadas de emergência, sentindo aquelas coisinhas afiadas raspando em seu tornozelo.
Até que ele finalmente agarrou sua perna, e Allison atingiu o chão. Sua cabeça latejou por instantes até perceber que o Krampus estava prestes a transformá-la em uma refeição. Ele apontou as garras para seu pescoço, pronto pra cortá-la em pedaços, a Hasthings segurou seus pulsos para mantê-lo longe.
— Seu filho da mãe! Fique longe dela!
Sua respiração falhou quando Dean surgiu, agarrando Krampus e o atirando escada abaixo.
— Vamos, Ali, levanta. Rápido!
Ele agarrou seu cotovelo e a colocou de pé. Allison sentiu seu mundo estremecer e quando tocou a testa sentiu o sangue escorrendo.
— Tudo bem, é só um arranhão — ele dizia.
— Eu odeio isso! — Allison fechou os olhos cansados, deixando ser levada até o terraço.
Dean olhou para trás, para o Krampus jogado andares abaixo, pronto para se levantar.
— Rápido, para o telhado!
— Vamos ficar presos lá em cima, Dean!
Mesmo com seus protestos, ele não parou. E por que deveria? Eles estavam sem saída mesmo, o telhado era sua última chance para ir.
