Evil One

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Não saberia descrever a sensação de Adam ao ser torturado pela criatura que tinha o seu rosto

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Não saberia descrever a sensação de Adam ao ser torturado pela criatura que tinha o seu rosto.

Era cruel, eu sabia, mas rezei para que o metamorfo continuasse entretido por tempo o suficiente até eu me soltar.

Encontrei uma lasca de ferro perto das minhas mãos e comecei a esfregar as cordas até que fossem cortadas. Senti o alívio me invadir quando o sangue voltou a circular pelos meus dedos.

Agarrei aquela lâmina que ele usou para cortar minha perna e soltei meus pés. Eu estava livre.

Me levantei, correndo, escondida entre a tubulação e os canos, ouvindo o metamorfo gritar e me amaldiçoar.

Eu vou te achar, caçadora! — ouvi sua voz ecoar dentro do esgoto, como uma sentença — E, quando achar, vou matá-la!

Arremessei uma pedrinha na água parada. O som o atraiu para longe, me dando a chance para salvá-los.

Cortei as amarras que prendiam Jody e lhe entreguei a lâmina para que libertasse Adam, enquanto eu revirava minha mochila atrás de armas. Mas, quando a encontrei vazia, minha respiração parou.

— O que temos? — a xerife sussurrou, ajudando seu policial a ficar de pé.

— Ele levou as armas. — e mostrei uma pequena lâmina de prata — É tudo o que temos.

— Isso pode matá-lo?

Olhei para Adam, que parecia estar bem perto de desmaiar. Havia sangue escorrendo de um ferimento terrível em sua testa, não quis imaginar o que mais aquela criatura poderia ter feito.

— Sim, é prata... — me aproximei, tocando gentilmente seu ferimento com a manga da minha blusa, para tirar o excesso de sangue — Tire ele daqui, Jody, eu posso-

O engatilhar de uma arma me calou. Senti a espessura gelada do cano tocar minhas costas gentilmente, um aviso para que eu não me movesse.

— Vocês não vão sair daqui. — o ouvi sussurrar para mim. Mostrei as mãos quando ele deu um passo na minha direção.

Me virei de uma vez, agarrei seu pulso e apontei para o teto quando seu dedo começou a pressionar o gatilho. Perderíamos as balas de prata, mas ele também não poderia usá-las contra nós.

Quando o pente acabou, ele fechou o punho para acertar minhas costelas uma dezena de vezes. Eu caí aos seus pés e ele se jogou encima de mim, as mãos apertando meu pescoço até que tirasse todo o meu fôlego.

Tentei espernear e, quando não consegui, estiquei meus braços até encaixar meus dedos em seus olhos e espremê-los. Era como se estivesse se desfazendo e era nojento. Ele continuou gritando.

— Ei! — o verdadeiro Adam chamou.

Uma adaga, de repente, foi arremessada e cravada no ombro do metamorfo. Mas, nem mesmo isso o impediu.

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