Accidents Happen

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Ao terminarmos de jantar, continuei no andar debaixo pra arrumar a bagunça que três caçadores frustrados haviam feito depois de beber algumas garrafas de cerveja

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Ao terminarmos de jantar, continuei no andar debaixo pra arrumar a bagunça que três caçadores frustrados haviam feito depois de beber algumas garrafas de cerveja.

Mesmo que minha mente estivesse um pouco alta, nada tirava a noite do incêndio da minha cabeça.

Me sentei no sofá, abraçando meu próprio corpo. Nada tirava da minha cabeça que talvez eu tivesse cometido um erro. Meu pai disse que embora fosse algo cruel, era o certo. Às vezes, fazer o certo, fazia eu me sentir suja. Me livrar de criaturas é o que eu faço, mas me pergunto se aquilo não foi um erro.

Olhando para o relógio na parede, vi que já era tarde. Três horas da manhã. O tic-tac do relógio era o único som que ecoava pela casa, era a única esperança que eu tinha de me manter ocupada já que eu não conseguia dormir.

Liguei a Tv, viajando pelos canais e procurando qualquer coisa que parecesse mais interessante que um programa sobre pirâmides e aliens. Quando algo me chamou atenção, fui até a cozinha e cortei um pedaço de torta, que compramos na loja de conveniência.

Voltei para a sala com a boca cheia. Meus olhos estavam perdidos no prato, enquanto um filme estava passando na Tv. Ouvi ruídos vindo do andar de cima, e peguei a arma que estava escondida embaixo das almofadas.

Prestes a subir os degraus, uma silhueta surgiu no topo da escadaria. Abaixei a arma com um suspiro, e deixei que se aproximasse.

— Sam, o que faz acordado? — perguntei quando a luz refletiu seu rosto.

— Eu quem deveria perguntar. — ele arqueou as sobrancelhas para mim, observando-me de cima — Por que não está dormindo?

— Estou sem sono. — sussurrei, voltando a me sentar — E o que tirou o seu sono?

— Não tenho o costume de dormir muito.

Ele se sentou ao meu lado, olhando para o prato de torta na mesinha de centro.

— Está jantando essa hora?

— Só porque estou sem sono, não quer dizer que estou sem fome. — ele riu — Quer? 

— Não, eu estou bem.

Sério, dessa vez, ele se acomodou e me encarou.

— Allison — murmurei um "o que" —, o que aconteceu naquele dia?

— Qual dia, exatamente?

Sam não acreditou quando sorri para ele.

— Quando você incendiou uma casa?

— Correção: ninho de vampiros. — falei a ele — Só porque estão vivos, não significa que devem. Eles atormentaram minha família durante anos, Sam.

— Sinto muito, Allison.

Ele coçou a garganta. Posso afirmar com firmeza que ele parecia arrependido por ter tocado no assunto.

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