Bad Christmas - parte II

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Era um pouco difícil de aceitar a ideia de que, para a ceia deste ano, eu seria o prato principal

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Era um pouco difícil de aceitar a ideia de que, para a ceia deste ano, eu seria o prato principal.

Às vezes, Dean e eu - ainda amarrados como cervos depois de serem abatidos - víamos aquele casal revirar seus instrumentos, enquanto discutiam para decidir qual seria nosso destino:

Gostaria de nunca ter deixado o conforto do bunker. Tive medo quando pensei: qual será o próximo, um dente? Um olho, talvez?

Meu peito se encheu de alívio quando descobri que eles não encontraram todas as facas. Segurei a lâmina com cuidado, escorregando entre meus dedos para escondê-la.

Dean era bom de lábia, sabia que eu estava tentando nos soltar, então ele seria nossa distração.

A campainha, de repente, tocou e o som me distraiu, a lâmina caiu na cadeira fora do meu alcance. O senhor Mitchell largou a serra e olhou para a esposa.

— Voltamos logo, crianças — ela dizia, assustadoramente gentil.

— Se tentar gritar ou pedir ajuda, eu mato quem estiver atrás daquela porta.

Eles não precisam apontar uma faca na minha garganta para saber que estavam falando sério.
Quando eles atravessaram o corredor, Dean tentou me olhar e perguntou:

— Conseguiu?

— Caiu na cadeira. Eu não alcanço. — sussurrei, com medo de sermos ouvidos — Tente você.

Ele sentiu. Ele moveu as mãos e seus dedos se enroscaram com os meus, antes de descer, tateando o assento.

— Ei, isso não é a lâmina, idiota. — franzi as sobrancelhas quando ele beliscou meu traseiro.

— Desculpe, desculpe... — Dean tentou de novo — Pronto, achei! 

Tentei me aproximar mais um pouco, para que ele pudesse cortar as cordas nos meus pulsos. Dean conseguiu serrá-las e senti que afrouxaram na minha pele.

No outro cômodo, ouvi a voz sonolenta de Sam; ele estava vivo e estava perto. Tínhamos que sair o mais rápido possível.

— Consegui! — Dean comemorou, antes de começar a cortar as cordas que o prendiam.

Me abaixei para soltar os nós que me mantiveram na cadeira. Me virei para ajudá-lo e cortei as cordas em suas pernas.

— Vamos sair daqui, fale baixo — estendi a mão para ajudá-lo.

— Você está bem? — ele perguntou, arregalando os olhos, segurando minha nuca e esfregando o polegar nas marcas no meu pescoço — Puta merda, o que eles fizeram?

— Eu estou bem, não é tão ruim quanto parece. — toquei sua mão, a apertando levemente para tranquilizá-lo. Tentei puxá-lo para vir comigo. — Vamos achar seu irmão.

Dean assentiu, me seguindo. Caminhamos na ponta dos pés até a beira do corredor e esticamos o pescoço para tentar encontrá-los.

Dean estava abaixado e olhou para mim:

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