Quando os Arcanjos descem dos Céus, a Terra se transforma em um Inferno.
Aos dezessete anos, seu destino havia sido traçado. Ela entende de armas, de carros e de bebidas, mas, principalmente, de monstros.
Allison foi abandonada por sua mãe e treina...
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Uma semana depois Branson, no Missouri 12 de abril, 2008 - 18:34 PM
As últimas semanas têm sido horríveis. Ao menos, meu irmão voltou a falar comigo - não que estivesse disposto a ouvir, ele apenas não tinha opções.
Estávamos no Missouri atrás, do que pensávamos que fosse, um ninho de vampiros.
Dean batia os dedos no volante no ritmo da música, enquanto eu estava lendo uma manchete no jornal a respeito das vítimas. Senti que esse caso poderia nos ajudar a entrar nos eixos novamente.
Após dois meses do incidente, dois meses após a morte do nosso pai, Dean parecia ter se transformado em outra pessoa. Eu estava cansado e, embora estivesse sentado ao seu lado, senti que ainda estava sozinho.
Se Allison estivesse com a gente, não o deixaria agir como um idiota.
— Todas as vítimas desapareceram depois de frequentar o mesmo bar. — eu expliquei, sem tirar os olhos do jornal — Acho que devemos começar por lá.
— E quanto às vítimas?
— Causa da morte: perda excessiva de sangue.
— Sanguessugas filhos da mãe. — Dean franziu a testa — Tem certeza?
— O que mais poderia ser?
— Deixa pra lá.
Senti que Dean estava desconfiado, que ainda colocava a culpa em mim. Lidar com ele era como andar em uma corda bamba e eu estava cansado de precisar me equilibrar.
Dean bebia além da conta. Da última vez, precisei arrastá-lo para fora do bar, porque ele acusou o barman de ser um metamorfo.
Todas as noites, ele se encontrava com mulheres diferentes, bajulava elas quando estava bêbado. Dean parecia ter voltado ao que era antes e isso era péssimo - e desprezível.
Ele não me dava ouvidos. Ele não se importava, não parecia se lembrar de Allison.
— Você está me ouvindo? — perguntei a ele, impaciente.
Não, ele não estava. Sua atenção estava voltada para a garçonete de quadris largos que acabara de sair.
