The Walls

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Assim que chegamos na casa de Wendy, fechei a porta do carro e esperei Dean me alcançar. O Winchester parecia nervoso e era fácil de dizer o porquê.

A história que Sam inventou vem trazido pesadelos para nós dois, mais especificamente para Dean. Mas, isso seria dor de cabeça para qualquer um.

Bobby então, estava quebrando a cabeça há um bom tempo. Perdi a conta de quantas vezes ele nos ligou, perguntando sobre o estado do Sammy.

E o anjinho não estava atrás. Meu maior medo é que o Winchester mais novo passasse dos limites e que, a única solução para o céu, seria matá-lo.

Mas, eu duvido que fariam isso. Sam e Dean são as cascas perfeitas para Lúcifer e Miguel, respectivamente. Uma luta de irmãos, até a morte.

Quando a mão de Dean tocou meu ombro, ergui meu queixo para olhá-lo mais de perto agora. Seus lábios tocaram minha testa, tentando me confortar.

Era difícil vê-lo assim. Que, mesmo estando tão pior que eu, ele ainda queria que eu ficasse bem.

- Você 'tá bem? - eu assenti, para assegurá-lo - Mas, não parece.

- Mas eu estou, mesmo. Não se preocupe comigo.

Caminhei até a porta da casa da minha amiga e Dean estava bem ao meu lado. Quando ergui a mão para bater na porta, ela se abriu de repente.

A porta rangeu e revelou minha melhor amiga. Wendy tinha um enorme sorriso nos lábios, juraria que ela pularia em mim, se não estivesse com um barrigão maior que ela.

Assim como eu, Dean estranhou suas ações. Ao menos bati na porta e ela já estava nos esperando.

- Que bom ver vocês!! - Wendy fez seu sorriso cresceu e abriu os braços para me receber - Venham, entrem!

- Desculpe, não ter dado notícia todo esse tempo... - comecei a falar, enquanto entrávamos na casa - Estávamos ocupados.

- Sendo possuída - o Winchester comentou ao meu lado, recebendo uma cotovelada minha por suas palavras.

- O que importa é que você está aqui, Ali! - Wendy me abraçou fortemente, mas tomando cuidado com sua enorme barriga de sete meses.

Fiquei aliviada por ela não ter escutado o que Dean havia dito. Caso contrário, eu teria problemas maiores.

- E você, como está com esse barrigão? - toquei sua barriga, sentindo a bebê chutar onde eu havia tocado.

- Inchada. Como você acha? - sua testa se franziu, estava cansada e dava para ver - Agora, me conte: e as novidades?

Wendy nos levou até sua sala e acenou para nos sentarmos. Pela nossa reação e humor, ela sabia que tinha algo errado e que estávamos em um caso.

Ela empinou sua barriga de sete meses, tentando se sentar no sofá. Eu me apressei para ajudá-la, tentando não rir.

Sempre comentamos sobre um dia como esse, o qual ela não conseguiria fazer nada sem dificuldade alguma.

- Ali, eu 'tô legal - ela me assegurou, enquanto eu colocava um travesseiro em seu pescoço - Eu 'tô grávida, não com torcicolo.

- Oh, sim. De nada - dei um sorriso sarcástico e me sentei ao lado de Dean, ficando de frente para minha amiga - Queremos perguntar uma coisa a você, Wendy.

- Claro. Sobre o que é? - o entusiasmo em sua voz, fez Dean sorrir e a mim também - Eu quero ser útil em alguma coisa! Desde que fiquei grávida, Tyler não me deixa nem cozinhar.

- Eu lamento por sua dor, Wendy - estreitei os olhos, a fazendo rir. Dean coçou a garganta, me trazendo para a realidade. Tínhamos que terminar o trabalho.

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