Unstoppable

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Sam me encarou outra vez, assim que colocamos os pés em uma das fraternidades da universidade, dizendo claramente que odiava meu plano e que era uma furada

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Sam me encarou outra vez, assim que colocamos os pés em uma das fraternidades da universidade, dizendo claramente que odiava meu plano e que era uma furada.

Eu sabia o que estava fazendo - e também sabia que era arriscado, tanto para nós quanto para as pessoas à nossa volta. Mas, eu precisava achar o metamorfo, esse era o meu trabalho e é a única coisa que eu sei fazer direito.

Nos telhados tinha papel higiênico enfeitando a fachada, copos e latinhas de bebida espalhadas por todo o gramado. Tinha até algumas pessoas desmaiadas no jardim, jovens bêbados por todos os lados e se beijando até perderem o fôlego.

Olhei para Sam, que parecia estar fora de órbita, como se fosse a primeira vez que estivesse em uma festa e visse pessoas dançando e se divertindo. O que me deixava curiosa, porque lembro-me vagamente de seu irmão me contar que Sam estava em Stanford antes de voltar a caçar.

— Você parece nervoso. Está tudo bem? — toquei suavemente seu braço, e Sam forçou um sorriso para mim.

— Sim.

— Bem, acho que você não sabe o que é diversão.

— Minha ideia de diversão é bem... diferente.

Ele escondeu as mãos dentro do bolso da jaqueta marrom, ansioso enquanto contava os minutos para dar o fora daquele lugar.

Deixei um riso escapar. Sam era adorável à sua maneira.

Puxei suas mãos para entrarmos na fraternidade, e superando minhas expectativas, o interior da casa era tão deplorável quanto seu quintal. Álcool, suor e leite azedo; eu me sentia na escola outra vez.

Trabalho no bar desde os quinze anos, e nunca tinha visto tantas pessoas bêbadas como vi aqui hoje.

A batida sem graça da música, sem letra para cantar, sugava minhas energias. Era entediante. Os rapazes mais novos da universidade passavam por mim, mediam-me dos pés à cabeça e me elogiavam, enquanto me chamavam para ir para sua cama.

— Por que eles acham que esse é o tipo de coisa que uma mulher gostaria de ouvir? — Sam deu os ombros para me responder, ele parecia tão descontente quanto eu — É repulsivo.

— Em todo lugar tem um idiota.

Saber que Sam concordava comigo era, de fato, reconfortante. Isso me dizia que ele não era um grandíssissimo idiota como seu irmão aparentava ser.

— Ali — ele me chamou, próximo o suficiente para que só eu pudesse ouvi-lo —, encontramos nosso cara.

Me afastei apenas para olhar seu rosto e descobrir em qual direção ele apontava. Franzi as sobrancelhas ao me virar e ver meu irmão, vestindo couro e com o cabelo penteado para trás - claramente não era ele, Charles não penteia o cabelo.

Olhei para o Winchester, que não tirava os olhos daquela criatura, enquanto eu pensava no que fazer para atraí-lo.

Escondida em um canto, quis ter certeza que minha arma estava carregada, porque eu vou descarregar um pente naquele monstro. Notando minha frustração, Sam tocou meu ombro e sorriu - como se dissesse que tínhamos que agir.

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