The Blame of an Angel

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Estava fácil demais para ser verdade e eu deveria saber disso. Procurar a outra bruxa e ordenar que trouxesse sua memória de volta, era inútil.

O bruxo não iria obedecer se fosse morto logo em seguida. Então, não tinha jeito e nem outra solução. Os meninos terminaram o serviço, e embora Audrey mostrasse estar aliviada ao ver o corpo morto de Phil, ela não estava bem.

Era compreensível. Afinal, sua memória foi apagada e aquele cara era nossa única chance de fazer tudo voltar normal.

Pior que eu, só o Sammy mesmo. Deixei Audrey dentro do carro e voltei para perto dos Winchester.

- Sam, eu e Dean cuidamos disso. Eu acho que você deveria falar com a Auddey - toquei seu ombro, ele se virou para me olhar - Temos muitos livros e documentos no Bunker, nós podemos dar um jeito. Talvez seja um efeito temporário...

- Sei disso, Ali. Eu só... Só tenho medo de perdê-la - o caçula admitiu baixo, temendo que seu irmão ouvisse e começasse a fazer piadas.

- Você não vai perdê-la.

Eu o abracei o mais forte que podia, e senti Sam fungar contra o meu cabelo. É claro que ele estava péssimo, não podia julgá-lo por isso. Pois eu também tinha medo.

Quando Sam me abraçou, eu senti um carinho fraterno imenso. Era ótimo saber que, apesar de tudo o que passamos, nosso carinho um pelo outro nunca acabou.

- E se não conseguirmos trazer a memória dela de volta?

Dean tinha ficado em silêncio durante todo o caminho, até a floresta, enquanto enterrávamos os corpos, e até voltarmos para o centro.

Antes de irmos esconder os corpos das bruxas, pedi para que Sam e Auddey voltassem para o hotel. Eu sabia que tinham muito o que conversar.

- Vamos trazê-la de volta, precisamos fazer isso - segurei em sua mão, enquanto caminhávamos a noite na cidade - Depois, iremos cuidar da Jaula e os Arcanjos. Vai dar certo.

- Você é tão estranha. Uma hora de você diz que tudo vai dar errado, e outra hora está toda pessimista - ele balançou a cabeça, envolvendo um de seus braços em volta dos meus ombros - Eu me apaixonei pela pessoa mais confusa que existe.

- Eu também te amo, D.

...

Chegamos no Bunker na manhã seguinte, bem cedo. Durante o caminho, Audrey estava quieta; estranha, em geral. Ficou muda e nem quis comer.

Meu maior medo era não saber se ela teria sua memória de volta.

- Eu vou começar a pesquisar agora. Deve ter algum feitiço idiota nesse lugar gigante - joguei uma das minhas malas na mesa de reunião e caminhei até a biblioteca.

- Não sei se eu valho tanto esforço assim, Allison. Talvez deva ser desse jeito mesmo - Audrey deu os ombros -, algumas coisas acontecem por um motivo. Quem sabe eu esteja sendo poupada de algo, ao ter minha memória meio que apagada.

- Você não sabe do que está falando, Audrey - bati o pé, sabendo que os irmãos estavam nos olhando - Pode não se lembrar agora, mas você faz parte desta família confusa. E até onde eu sei, não se desiste da família.

A Dawson nem me respondeu, algo que ela não fazia normalmente. Ela abaixou os olhos, em silêncio - pelo menos, Audrey ainda sabia que começar uma discussão comigo era perda de tempo.

Eu pedi a ela para que desse uma volta pelo Bunker, assim poderia conhecer o lugar. Mais uma vez. Porém, ela logo se encantou pelos livros e outros objetos raros que os Homens de Letra colecionavam na época.

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