Anti-Hero

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Sentada na cama naquele quarto de hóspedes, eu torcia meu cabelo e usava aquela toalha limpa para secá-lo

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Sentada na cama naquele quarto de hóspedes, eu torcia meu cabelo e usava aquela toalha limpa para secá-lo. Pelo menos meus dedos pararam de tremer. Revirei minha mochila procurando meu telefone, quase me esqueço de avisar Bobby que tínhamos chegado em Austin.

De repente, ouvi passos no corredor e uma batida na porta. Mas, não era a minha porta. Me esgueirei até a beirada do corredor e observei através da fresta, ouvi Wendy rir e a sombra de uma silhueta.

Esperava mesmo ouvir uma das cantadas baratas de Dean, mas foi Sam que disse:

Obrigado por nos deixar ficar esta noite, Wendy. — e meu queixo foi ao chão.

Não há necessidade. — ela respondeu, e podia imaginar o seu sorriso ambíguo crescer — Eu quem tenho que agradecer, vocês a trouxeram em segurança.

A Ali é uma amiga da família.

Soltei a respiração que nem sabia que estava prendendo. Foi bom ouvir aquilo.

Definitivamente. — Wendy concordou — Precisa de mais alguma coisa, Sam?

Não, não... estamos bem. Obrigado. De novo.

Foi mesmo chocante ouvir Sam gaguejar duas ou três em um espaço tão curto de tempo.

Voltei para a cama, finalmente me dando conta de que eu estava sobrando naquela casa.

Depois de secar meu cabelo, fui falar com a Wendy. Era minha vez de agradecê-la, ter a chance de conversar com outra pessoa que não seja a respeito de monstros ou assassinatos era bom.

Bati levemente na porta antes de entrar, Wendy estava hidratando seu longo cabelo cacheado. Ela me encarou através do espelho da penteadeira como uma verdadeira princesa, mostrando seus dentes brilhantes e perfeitos.

— Jesus. Finalmente, podemos conversar? — ela balançou a cabeça para eu me sentar, e escolhi sua cama para poder abraçar uma das almofadas felpudas. — Então, me conte tudo.

— São tantas coisas, Wendy.

— Eu sou todo ouvidos. Por onde quer começar?

— Bem, em que parte paramos? — me atirei na cama com os braços abertos e de barriga para cima — Larguei a faculdade, minha família inteira me deixou... e voltei para esta vida miserável.

— Talvez você queira me matar por isso, mas... eu tenho que perguntar.

Franzi as sobrancelhas imaginando o pior.

— O que você disse ao seu irmão que o levou a isso?

— O que?

— Eu só quero entender. Como ele acabou... assim?

Precisei me sentar para olhá-la, e Wendy abraçou o próprio corpo. Talvez por frio, ou talvez pensasse que isso ajudaria a impedir que minhas palavras sinceras a atingissem.

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