Good Times, Bad Times

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Ela se ergueu do chão, assim que terminou o desenho em tinta spray. Uma Armadilha do Diabo perfeita, no meio da sala. Onde esperava que fosse aparecer.

Quando terminou o desenho, foi até portas e janelas e cobriu cada uma delas com sal. Assim, poderia se certificar que Ruby não iria fugir quando aparecer.

Preparou o feitiço e juntou cada elemento que fosse precisar para trazê-la até o quarto onde estava.

Os rapazes estavam do outro lado da cidade, interrogando uma senhora de oitenta e cinco anos. Cuja a qual, era a única testemunha.

Então, sabia que iriam demorar muito tempo para conseguirem entender e distinguir alguma coisa que fosse dita.

Após citar as palavras necessárias e jogar o último ingrediente do ritual, o silêncio permaneceu.

Talvez devesse demorar alguns segundos até Ruby poder aparecer aqui. Mas, de alguma forma iria.

Já tinha usado esse feitiço antes e nunca falhou. Mas, agora, com os nervos à flor da pele, Ruby tinha escolhido um péssimo momento para mexer com esta família.

- Ainda não decidi, se fico assustada ou surpresa com seu convite.

A voz familiar lhe chamou atenção, fazendo com que se virasse para o outro canto do quarto.

- Eu ficaria preocupada, se fosse você - Allison sorriu para o Demônio, quando notou que caiu em sua Armadilha - Cuidado onde pisa, vadia.

- Armadilha do Diabo - Ruby sorriu, ao seguir os olhos para o desenho no chão - Bom, se quiser me matar, já tem sua chance. Sam não está aqui e seu namorado não tem como impedir sua raiva descontrolada.

- Se eu, realmente, quisesse te matar - Allison caminhou até Ruby, ficando poucos metros de distância -, já tinha feito isso antes. Nós duas sabemos que sim.

- Todas as vezes, alguém te impediu - o Demônio a lembrou.

- Tem razão - Allison voltou a sorrir e tirou o Colt de seu coldre - Mas, agora, não tem ninguém.

- O que irá dizer ao Sam, quando ele voltar? - temendo por seu destino, Ruby gaguejou ao ver o revólver em suas mãos.

- Posso arrumar qualquer desculpa - deu os ombros, circulando a área em que estava com o Demônio preso - De um jeito ou de outro, eu sou uma caçadora. Você é um Demônio, é isso que fazemos.

A Hasthings manteve seu olhar fixo ao de Ruby e circulou o desenho do chão, uma última vez, antes de se posicionar à frente dela.

Ao erguer a mão, deixou a arma apontada para sua testa. Nem mesmo Ruby, tinha coragem o suficiente para desafiar Allison nessa questão de tiro ao alvo.

Mas, sua preocupação não era a questão de mira ou não. O revólver era assustador. O Colt, cuja a arma pode matar todo o tipo de criatura sobrenatural.

Um tesouro para qualquer caçador e o pesadelos para monstros como Ruby.

- Não pode atirar em mim - o Demônio tentou se manter firme.

- Quer apostar?

Allison destravou o revólver e puxou o gatilho, sem hesitar. Como um reflexo, Ruby se encolheu no lugar, esperando por sua morte. Afinal, tudo já tinha acabado.

- Pow... - a Hasthings tentou imitar o som do revólver e sorriu, quando notou que Ruby se assustou com a ameaça - Pelo visto, alguma coisa, você teme.

- O que? - a mulher perguntou, erguendo o queixo para cima.

A Hasthings caminhou para seu lado e mostrou o tambor da arma. Não havia uma única bala, era tudo uma armação.

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