Midnight

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É dia vinte e quatro de janeiro

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É dia vinte e quatro de janeiro.

Depois do que houve com aquela bruxa, os rapazes e eu chegamos a um consenso: férias por tempo indeterminado - ou até eu me recuperar psicologicamente daquele pesadelo.

Cheguei na biblioteca, carregando uma xícara de café e o meu notebook. Só porque não estávamos caçando, não significava que eu não tinha trabalho a fazer; demorei semanas até digitalizar todo o diário do meu pai, para enfim poder traduzi-lo e encontrar as respostas que eu precisava.

Vi Sam cumprimentando seu irmão, com batidinhas nas costas e um sorriso largo. Dean não parecia tão contente quanto.

— Como se sente um ano mais velho? — Sam riu de forma provocativa. Seu irmão fez uma careta.

— Cala a boca. Vadia.

— Imbecil.

Acenei para cumprimentá-los, meus olhos pesando de sono e me sentei à mesa.

— Ali, sabe que dia é hoje? — Sam perguntou, se aproximando.

— Sam, não.

Dean tentou repreendê-lo, mas o caçula parecia não se importar. Olhei de um para o outro e estreitei os olhos.

— Dia vinte e quatro?

— Sabe o que acontece nesse dia? — ele apontou para o irmão.

— Trabalho?

— Sam, quer parar? — Dean o repreendeu, batendo em seu braço.

— É o aniversário desse cara.

Fechei a boca e abri outra vez, balbuciando até desistir e torcer os lábios. Por que ele não me contou?

Sam passou o braço ao redor dos ombros do seu irmão e bateu amigavelmente no seu ombro, o empurrando na minha direção.

— É verdade? — perguntei a Dean, me levantando.

— É, é verdade.

Ele não parecia nada feliz. Eu também não sou fã do meu aniversário, mas meu pai nunca deixou essa data passar em branco. Eu queria fazer o mesmo por eles.

— Deveria ter me contado. — soquei seu braço, chamando sua atenção — Eu poderia ter comprado alguma coisa, improvisado um bolo talvez.

— Me prometa que estará aqui para o próximo, então.

Ele sabia como eu odiava fazer promessas e como odiava que fizessem para mim.

Mas, eu sempre volto para casa, sempre voltaria pelos rapazes. Essa é uma promessa que eu posso cumprir.

Dei um passo para frente, hesitantemente passou meus braços ao seu redor. Ele tinha um cheiro viciante, eu poderia passar algumas eternidades ao seu lado e não me cansaria do seu perfume.

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