Take On Me

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Assim que entramos no bar, dava para sentir o cheiro de bebida, suor e sujeira. Lar doce lar. O lugar estava consideravelmente cheio, para o horário.

Ainda era oito horas da noite, eu tinha tempo de sobra para revidar um pouco mais sobre o caso e confirmar minhas suspeitas sobre um possível ninho de vampiros.

Escolhemos nossa mesa e Dean não perdeu tempo para pedir nossas bebidas; cervejas e doses de whisky para completar.

Meus olhos estavam estreitos, lendo um pouco mais sobre o caso. Os meninos estavam conversando e eu os deixei com seus próprio assunto.

Fazia tempo que os Winchester não se divertiam e eu queria que as coisas voltassem a ser como eram antes. E, o único jeito disso acontecer, era eles conversarem.

O braço do mais velho ficou enroscado em volta do meu pescoço, seus lábios tocaram minha bochecha e depois o meu cabelo.

- Desliga isso, Kiddo - o Winchester sorriu e tentou afastar o notebook de mim. Mas eu segurei - Tem que se distrair, vai. Bebe um pouco.

- Eu 'tô bebendo, Dean - ergui minha garrafa de cerveja, antes de levá-la até meus lábios.

- O Bobby já deu alguma resposta? - Sam indagou, após beber mais uma dose de whisky.

- Ainda não - suspirei fracamente e os olhei - Acho que não é apenas um simples caso de ninho de vampiro. Tem noção que um gado, com quase mil cabeças, foi mutilado em uma noite?

- Sei lá, deve ter sido a doença da Vaca Louca - o loiro caçoou, antes de beber um pouco mais de cerveja.

- Sério, Dean? - Sam franziu a testa com o comentário de seu irmão.

- Ih, é mole. Não posso falar nada - o mais velho resmungou, encarando seu irmão.

Agradeci aos céus quando ouvi meu telefone tocar. O início da briga acabou e seus olhos foram em direção ao aparelho que vibrava, em cima da mesa do bar.

Rapidamente, atendi a chamada. Dava para escutar Bobby chamando por mim, perguntando se podia me ouvir. Mas, eu não podia.

O som da música e as pessoas conversando era muito alto. Acenei para os meninos que já iria voltar e caminhei com passos apressados até a saída do lugar.

Ao passar pelas portas, senti o ar fresco da noite soprar meus cabelos e trazer um arrepio gostoso pelo meu corpo.

- Ah, até que enfim, garota - o Singer agradeceu, assim que me ouviu chamá-lo - Eu estive pensando numa coisa...

- Milagres acontecem, então? - o provoquei, olhando ao meu redor. A rua estava deserta e eu temia pelo pior.

- Vai se ferrar, mulher - ele praguejou, me fazendo sorrir - Escute: eu estive fazendo minhas pesquisas. Nunca vi algo desse tipo, mas não custa nada ficar preocupado.

- Isso é verdade - concordei rapidamente - Descobriu alguma coisa?

- Fiz minhas ligações e algumas pesquisas. Isso não é uma coisa muito normal, garota - o mais velho explicou, meu olhar se tornou irônico. Mesmo que não pudesse ver - Eu liguei para um amigo do seu pai, Howard Evans. Ele está perto e vai encontrá-los pela manhã.

- Aí, aí. Eu não quero ajuda - retruquei rapidamente - Só informações. Esses caras não tem noção do que fazem. Não caço com idiotas.

- Parou de caçar com os Winchester
? - Bobby perguntou de maneira sarcástica, eu revirei os olhos - Garota, eu não tenho ideia do que está acontecendo. E estou muito longe 'pra isso.

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