Quando os Arcanjos descem dos Céus, a Terra se transforma em um Inferno.
Aos dezessete anos, seu destino havia sido traçado. Ela entende de armas, de carros e de bebidas, mas, principalmente, de monstros.
Allison foi abandonada por sua mãe e treina...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu era uma burra.
Mal podia acreditar que me deixei passar por uma coisa dessas. Eu permiti que isso acontecesse.
Precisava de um tempo, de privacidade. Minha vida girava em torno dos Winchesters como se eu fosse peão no tabuleiro deles.
As palavras de Dean martelavam na minha cabeça para me lembrar o quão inocente eu fui ao acreditar nele. Ao imaginar que ele seria diferente, eu só menti para mim mesma.
Eu não podia passar mais um único minuto dentro daquele bunker. Tudo naquele lugar me remetia a alguma lembrança boa, que Dean conseguiu arruinar. Eu o odiava por ter tirado isso de mim.
Meu telefone começou a tocar e pensei se deveria deixar cair na caixa postal, mas ao ler o nome do visor, eu atendi.
— Olá, Hasthings! — Wendy exclamou contente do outro lado da linha. — Tenho tantas notícias boas! Você está muito ocupada?
— Ei, Wendy. Eu sou todo ouvidos.
— Espera, parou.
Franzi a testa, cada vez mais ansiosa. Não precisava vê-la para saber que minha voz desanimado sugou toda a sua alegria.
— Aconteceu alguma coisa. — ela disse.
— Você está me perguntando?
— É claro que não. Estou afirmando. O que aconteceu?
— É só... outro caso difícil. — me censurei, mordendo a ponta da língua. Ri baixo, tentando disfarçar meu incômodo — Você sabe, wendigos são duros na queda.
— Você sabe que eu não faço ideia do que você está falando.
Dessa vez, ela também riu. Deu certo.
— Longa história. Que tal deixarmos essa para o próximo halloween? — e ela aceitou — Agora, vamos, desembucha.
— Eu conheci uma pessoa.
Ela foi direta, como sempre. Precisei afastar o telefone do ouvido, com medo de perder a audição por alguns instantes.
— Conheceu? — e estreitei os olhos, preocupada — Ah, meu Deus... Wendy!
— Eu juro que ele é um cara engraçado!
Aquilo nunca significava uma coisa boa. Wendy podia ser inteligente e livre, mas isso não lhe privava de conhecer os caras mais idiotas da cidade.
Todo namorado novo que ela arranjava na faculdade me causava náuseas. Eles eram os mais bonitos da turma - e também os mais burros.
— O nome dele é Tyler. Você se lembra?
— Quem? O Tyler, de medicina? — arregalei os olhos, com medo da resposta ser positiva — Desde quando vocês estão saindo?
— Há algumas semanas, mas eu te conto cada detalhe depois!
