CAPÍTULO XIII - Alina

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- ALINA - Fê dá um brado quando me Vê passar pela guarita do condomínio. Ela me aguarda com o Arthur ao lado.

No primeiro momento eu só consigo abraçá-la e chorar. Um choro preso em lágrimas de desespero por não ter avisado a ela onde eu estava. Desespero pelo que eu havia feito essa noite com um desconhecido, medo do que viria a acontecer comigo daqui pra frente,.... afff... quantos pensamentos confusos vinham na minha mente.

- me desculpa amiga eu agi sem pensar - agi mesmo, queria curtir meu momento de liberdade como nunca havia curtido antes, como uma despedida de solteira antecipada.

- temos muito que conversar mocinha - Arthur fala. Sou rosto também expressa preocupação e um pouco de raiva.

Arthur é o segurança da minha amiga. Sempre que vou pra casa dela ele fica encarregado também da minha segurança. Por isso a sua preocupação com meu sumiço.

- fique calmo Arthur, eu estou bem - respiro e minto, claro que não estou bem - não aconteceu nada demais, só queria pensar um pouco sozinha - respondo mentindo novamente.

- sozinha? pensar sozinha? Sei ... não minta mais - ele fala não acreditando nas minhas palavras. Todos na mesa viram que eu não saí do bar sozinha.

- vamos entrar - Fê fala e nos damos conta que ainda estamos na entrada do condomínio.

O Arthur não questionou mais nada quando entramos. Acredito que o alivio por me ver ali sã e salva acalmou os ânimos dele. Então ele se despediu de nós e foi em direção ao chalé que os empregados dormiam que ficava atrás da mansão.

Eu não queria causar esse tipo de preocupação, minha intenção ao sair daqui hoje era somente curtir um pouco a noite, e me livrar um pouquinho dos meus problemas pessoais. Posso dizer que eu mais que curti a noite. Foi á noite da minha vida.

Após toda tenção passar, eu e a Fê estávamos já de banho tomado. Colocamos um pijama e deitamos uma ao lado da outra na cama.

- desembucha Alina - ela começa sem rodeios.

- vou começar - por onde eu começo, calma Alina. Respira. Pensei uns segundos, as lembranças me dão um frio na barriga.

- estou esperando Alina. Fala de uma vez - ela estava ansiosa.

- eu ... eu.... eu.... - começo a gaguejar. Vai ser difícil relatar essa noite. sem paciência ela me induz a começar a falar.

- tudo bem Alina, eu começo por você - ela olha dentro dos meus olhos e diz: - eu voltei do banheiro e não te encontrei, o pessoal da mesa me disse que um homem desconhecido chegou até você, te beijou, e pra piorar vocês foram embora do bar de mãos dadas - que loucura foi essa Alina?

Eu vou surtar pra contar toda essa história pra ela.

- quem era esse homem Alina? Pra onde você foi com ele? O quê estavam fazendo até agora? - meu Deussss quantas perguntas. Tenho resposta pra todas, mas estou confusa agora.

- ele..., nós estávamos... eu fui .... não sei como dizer - não saía uma frase direito da minha boca.

- você tem noção da preocupação que ficamos. Eu cheguei a me arrepender amargamente de ter atiçado o Arthur a me acompanhar pra dar um amaços no banheiro do bar - ela fala ainda preocupada.

Então ela foi pro banheiro do bar com o Arthur. Eu precisava aprender mais sobre relacionamento amoroso com um homem com a minha amiga. Desvio meus pensamentos. Depois ela vai me contar essa história direitinho também.

- Eu fui pro apartamento dele - falei de uma vez. Não acredito, sem gaguejar.

- quê? Ela questiona surpresa, mais nem tanto.

Um desconhecido mudou a minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora