CAPÍTULO XLII Pedro

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Essa mulher pode tentar mas ela não vai me tirar do sério hoje. Eu estou pronto para a guerra.

Nunca na minha vida toda eu pensei que ficar noivo fosse ser tão difícil assim.

Estamos dentro do carro seguindo para a minha cobertura.

Que mulher linda é essa, mesmo com os olhos marejados de lágrimas que teimam em cair.

Relembro o momento que coloquei o anel em seu dedo. Naquela hora parecia que o mundo parou. No exato momento em que nossos olhos se encontraram.  Alina está com uma cara de assustada, mais continua sentadinha no sofá, sem desmaiar ou fazer escândalo.

O senhor Lima tentou negar que eu poderia levá-la, mas eu o ameacei com a polícia e o conselho tutelar, e em seguida papai também o ameaçou com tortura – é claro que eu não deixaria meu pai fazer isso, pois com certeza a Alina ficaria ainda mais magoada comigo se eu machucasse seu pai.

Alina chama o pai novamente dizendo a ele que não queria vir comigo, mas ele não tem outra escolha a não ser ceder ao que está sendo imposto por mim.

A Alina é tão receptiva aos meus toques.

Todas as vezes que nos encontramos explodimos em amor e paixão.

Fico me perguntando o porque dela não querer ir comigo nesse momento. Eu sei que ela está com raiva por causa da compra, mas porque não quer se juntar a mim.

Pegar Alina em meus braços e tirá-la daquela casa foi um alívio enorme para o meu coração abandonado por ela várias vezes.

Minha cabeça ferve pensando nos últimos acontecimentos. Chega de lembrar dos meus últimos atos.

Volto meu olhar para ela sentada ao meu lado dentro do carro.

Noto as coxas’ da Alina a mostra pela fenda do seu vestido, vejo que meus dedos ainda estão marcados nas suas pernas. Meu corpo que estava tenso, logo fica excitado com as coxas’ dela a mostra.

Decido acariciá-la, aguardando um retorno da sua parte, mas ele não vem.

Ela é minha mesmo e não vai escapar de mim. Mas para a minha surpresa, ela resiste ao meu toque me dando um tapa tirando as minhas mãos do seu corpo.

Porr@ de mulher tinhosa, mas ela não perde por esperar.

- você não vai me impedir de tocar no que é meu nunca mais – falo em tom de advertência próximo do seu ouvido.

Ela continua olhando para o outro lado.

Cheguei até aqui e me sinto um completo idiot'a por não saber mais como proceder.

O que quê eu vou fazer com ela na minha casa? Como vou proceder com esse casamento a partir de agora? Ate quando ela vai ficar com raiva de mim?  O que eu vou fazer se ela nunca me perdoar?

Eu sei que em certo ponto ela tem razão. Mesmo não sabendo de nada, também posso me culpar por me manter inerte aos preparativos desse compromisso, eu poderia me inteirar dessa loucura que meu pai estava tramando. Mas não, eu fiquei igual um babac'a achando que me afastando ficaria sem problemas para resolver quanto a esse acordo.

Mas para minha grata surpresa, eu me mantive longe desse acordo, mas esse acordo não se manteve longe de mim. Pelo contrario, agora eu e a Alina estamos sofrendo as conseqüências da minha omissão.

Parabéns senhor Pedro Franco. Você é um total cachorr’o sem coração. Penso me recriminando.

- Chegamos senhor Franco – um dos meus homens fala.

Chamo Alina que está ao meu lado.

Eu vim tão pensativo depois do fora que ela me deu aqui dentro do carro, que eu não percebi que ela havia adormecido no banco.

Um desconhecido mudou a minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora