CAPÍTULO XXXI - Alina

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Acordo com a cabeça e o corpo doloridos. Faço um esforço para levantar.

Vejo que estou pelada e com um chumbo travando as minhas pernas e braços. Pedro está em cima de mim.

Dói bastante para me movimentar. Sinto minha boceta’ contrair, que dor é essa? Olho para o lado e lá esta ele, a razão do meu corpo totalmente dolorido.

Com dificuldade eu consigo tirar as suas pernas de cima das minhas e jogar seus braços pra longe de mim. Nossa, parece que um trator passou pelo meu corpo inteiro. Ufaaa... consegui levantar sem acordar ele.

Ele parece que dormi bem, seu sono é pesado.

Olho ao redor. Será que aqui tem banheiro? Vejo uma porta e decido ir ver se é um banheiro ou outra sala. Eu mal conseguia mexer as minhas pernas.

Pra minha sorte era sim um banheiro.

Sentei no vaso e nossaaaa.... que merd@ de fod@ foi essa que eu fiz a noite toda? Eu to muito ferrada.
O xixi saiu cortando o restinho das minhas entranhas. O Pedro não deixou nada do meu interior sem usar.

Que pau’ delicioso. Eu não lembro de muita coisa que aconteceu. Mais alguns flash passam na minha mente.

Que vergonha o álcool tirou um restinho de dignidade que eu tinha nessa minha vida sem sentido.
Que noite senhores. Eu literalmente levei uma surra de piroca’.

Vi um chuveiro e tomei um banho bem rápido. Me enxuguei com uma toalha que estava um pouco úmida, na verdade eu nem esquentei em procurar outra. Eu tinha que sair daqui o mais rápido possível, antes dele acordar.

Sai do banheiro e noto pelo vidro que a boate esta vazia e uma equipe de limpeza já se encontra no local varrendo e levantando as cadeiras sobre as mesas, organizando e limpando tudo.

- que horas deve ser? – falo alto comigo, e no mesmo instante eu jogo a toalha na pia e saio do banheiro. Agora a minha preocupação aumentou.

Como eu ia voltar pra casa? A ficha da minha noite doida caiu um pouco e eu me lembrei do que fiz antes de sair da mansão. Como eu saí daquela prisão, me tornei uma fugitiva essa noite. Se os meus pais já acordaram ou os empregados eu estou muito lascada mesmo.

A surra vem. Hoje vem. E vai ser a surra mais bem recebida que eu vou levar porque essa noite eu aproveitei com gosto a minha despedida de solteira.

Hoje é dia de levar surra. Acabei de levar uma do Pedro, e que surra senhores, eu já estava apaixonada e agora estou mais, e agora vou levar outra dos meus pais. Que situação deplorável a minha nesse momento.

Procuro meu vestido e a minha calcinha. Foi difícil colocar a calcinha, poderia ir embora sem ela, mas é melhor não. Coloco-os e em seguida acho também a minha bolsa. Olho para o Pedro ainda na mesma posição em que deixei. Eu amo esse homem.

Por que quê tem que ser assim? A minha vida poderia ser mais fácil.
Eu vou deixá-lo de novo. Será que ele quando acordar vai ficar com raiva de mim? Penso que não! Não faço idéia se ele me ama. É claro que não ama Alina! Ele deve ter a mulher que quiser na hora que quiser, não deve nem lembrar de você depois. Um homem desses jamais se envolveria comigo para um relacionamento sério. Que insensatez a minha, eu nem posso ter um relacionamento serio com ninguém que não seja o meu noivo. O meu dono, o homem que me comprou.

O mais interessante é que nessa ultima vez que ficamos eu lembro vagamente dos seus ataques de ciúmes. Ciúmes ... será que era isso mesmo que eu percebi? Não posso me iludir assim. Nada que vivi com ele pode se tornar real ou algo sólido e duradouro.

Você precisa ir embora Alina, volto dos meus devaneios....

Ajeito o cabelo e tento abrir a porta. Giro a maçaneta de novo e confirmo que ela está trancada.

Dou um toque na porta e alguém destrava por fora. Eu ainda consigo ouvir o fim da conversa que estava acontecendo. Do lado de fora três pessoas discutiam para entrar na sala.

- eu já falei senhorita Franco, o senhor Franco não quer ser incomodado – o segurança diz assim que destrava a porta.

Eu vejo uma mulher linda com um rapaz do lado, eles parecem bêbados, o rapaz bem mais que a mulher. A discussão parou assim que eles me viram...

Espera... olho para o segurança e depois para mulher, eu a reconheci, essa mulher e esse rapaz são os mesmos que vi naquela cafeteria com o Pedro naquele dia.

Ela me encara e olha para o meu corpo em seguida. Como se estivesse me analisando.

- senhora entre – o segurança fala me olhando.

- agora eu entendi porque ele não quer ser incomodado – ela parece bêbada, mas um pouco consciente.

- me deixe passar, por favor senhor, eu preciso ir – digo tentando me retirar. Não quero ficar mais tempo aqui.

- a senhora não pode sair da sala – o segurança fala

- e porque não? – questiono, mas no fundo eu já sei o motivo. É claro que o deu essa ordem. O segurança não agiria assim por conta própria.

- o senhor Franco vai me demitir se eu deixar a mulher dele ir embora dessa sala sem ele – foi o que pensei e não posso acreditar no que eu acabei de ouvir: “mulher dele”. Não mesmo. Penso.

- eu não sou a mulher dele e eu preciso ir – gritei e tudo que eu mais temia aconteceu. O Pedro acordou e gritou o meu nome.

- Alina.

Olhei para trás, tentando ver o Pedro, e logo desviei o olhar. Deussss ele ainda estava pelado, tentando esconder o pau’ com as mãos, e me chamando. Tenho certeza que meu rosto ficou vermelho agora. Todos olham pra ele e em seguida para mim. A mulher que esta na minha frente dá um sorriso engraçado.

- não acredito que ele acordou – vergonha é o meu nome agora.

- não deixa a minha mulher sair – mas que merd@ de minha mulher é isso mesmo que ele falou? Minha mulher? Desde quando? O Pedro está doido?

- quem falou para esse homem que eu sou mulher dele – falo alto olhando para todos que estão a minha frente.

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Um desconhecido mudou a minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora