CAPÍTULO XXXIV - Pedro

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- eu não sou a mulher dele e eu preciso ir – ouço alguém gritar e lá no fundo do meu ser eu reconheço essa voz. Alinaaaaa... penso, ela mesma.

Me mexo e lembro que estou no meu escritório, deitado no sofá e pelado.

Levanto um pouco a cabeça e olho por cima do sofá e vejo a Alina sendo impedida de sair da minha sala, como eu orientei ao Caio na noite anterior.

- Alina... – Eu grito seu nome e levanto procurando a minha roupa. Queria achar pelo menos a minha cueca’boxer. Seguro meu pau’ na tentativa de tampa-lo com as mãos, já que eu vi que a minha prima e meu irmão também estavam na porta.

- não deixa a minha mulher sair – falei dessa forma para que ele não a deixasse passar e posso ouvir a Alina resmungar que não é minha mulher.

Vejo ela tirando os sapatos e correndo na direção das escadas. Se eu soubesse que ela iria fazer isso eu teria algemado o pulso dela junto ao meu.

Ela perdeu completamente a noção do perigo me abandonando de novo e dessa vez pelado na frente das pessoas.

- vai atrás dela caralho’ – bradei para o Caio.

Vejo a minha prima agarrada com o segurança e não entendo nada.

Ela esta ofegante e parece que vai desmaiar. Coloco a boxer que eu acabei a achar e sigo atrás da doida dessa mulher.

Todos, todos sem exceção me olham enquanto eu vou na direção da saída atrás do meu objeto de desejo vestindo somente  uma cueca.

Chego á portaria e já vejo a porta fechada. E sem sinal da Alina. Só vejo um dos meus homens guardando a entrada e saída dos funcionários.

- cadê ela – grito com o segurança.

- a mulher descalça de vestido vermelho? Ela saiu senh... – nem dei tempo dele explicar e dei um soco no rosto dele.

Sai na calçada e logo percebi que estava de só de cueca’. Quer saber, que se dane a vergonha que eu estou passando, eu vou atrás dela.

E para a minha total decepção eu ainda pude ver ela entrando em um taxi. Me abaixo colocando as mãos no joelho pegando fôlego pra voltar pra boate.

- drog@... drog@... droga@..., Mas que porr@ – Esbravejei no meio da calçada.

Três dos meus homens estão do meu lado confusos, fazendo a minha segurança, sem saber o que falar. Eu os socaria nessa hora se eles abrissem a boca para questionar a minha saída repentina daquele jeito da boate e pior: indo atrás de uma mulher.

Meu estado era deplorável. Vi olhares sobre mim, e é claro que alguns sabiam que eu era o dono daquele lugar e me viam como um homem de negócios e bem sucedido. Jamais imaginariam me encontrar assim quase nu na calçada, xingando igual um louco.

Quando eu encontrar essa mulher de novo ela vai me pagar cada vergonha que me fez passar hoje com juros e correção. 

Retorno sobre os olhares alheios, chego á porta do escritório e a minha prima não esta mais dando pit, e meu irmão esta jogado no chão.

- mas que porr@ ta acontecendo aqui? – meu segurança arregala os olhos. O caio não me seguiu quando saí da sala e depois eu soube o por quê.

- sua prima me disse que estava passando mal senhor Franco – ele tenta se explicar, sua cara de raiva por ter sido enganado por uma mulher é notória.

- vejo que não fui só eu quem foi enganado por uma mulher hoje – falo com muita raiva olhando para ela.

- primo. Não demite ele. A culpa foi minha. A cachaça me fez mal – ela tenta se explicar.

- eu vou matar’ todos vocês de uma vez só. Vou fazer um muro de fuzilamento com vocês, melhor, vou jogar uma bomba aqui com vocês todos dentro e vou explodir tudo  – eu estava com muita raiva.

O Caio engole seco. Meus seguranças são durões e intimidadores mas sentem medo das minhas sentenças macabras.

- primo, não sabia que você era assim tão cruel – claro que sabe. Mas a cachaça não está deixando ela pensar direito. Ela sabe do meu trabalho clandestino de mafioso.

Meu irmão que esta sentado no chão, ate então dormindo resolve acordar, e a primeira coisa que ele vê sou eu só de cueca’. Até parece que ele nunca tinha me visto assim antes.

- irmão... o meu é grande, mas o seu é de dar inveja – eu não estou acreditando nisso.

Todos gargalham, menos eu, e a Marcela olha diretamente para o meu pau’.

- não me olha assim Marcela – repreendo-a.

- você sabe que eu não desejo mais o seu pintinho primo – ela está bêbada, ou não falaria comigo desse jeito.

- reunião de família á essa hora? O que você esta fazendo de cueca’irmão? – eu respiro fundo, ele arrota e continua a falar – Acho que estou um pouco bêbado. Marcela me ajuda aqui – não acredito nisso.

- se eu levar ele pra mansão assim, o senhor Alessandro Franco vai comer o meu fígado – mais esse problema agora.

- Vamos dar um banho nele antes de irmos embora, eu também preciso de um banho, nossa, como eu dancei muito essa noite. preciso voltar mais vezes aqui primo – Marcela fala.

Ajudei a Marcela a dar um banho no meu irmão e comer algo para passar um pouco o efeito do álcool. Imaginem a cena: eu com esses dois bêbados no meio banheiro tentando dar banho em um dos bêbados. Minha cabeça até bugou agora. Três pessoas bem preparadas e inteligentes nos negócios conseguindo ser vencidos por uma noitada.

Adentro ao escritório. O caio já esta com a minha roupa separada e pronta para eu vestir já que eu ainda estava só com a boxer. Assim que ele me passa a roupa ele nos deixa a sós.

- que roupa amarrotada primo – Marcela comenta.

- você esta sem limites Marcela. Esta precisando de uma correção – ela vai me pagar por ter ajudado a Alina a fugir de mim.

- e você sem senso de humor – pior que é verdade, e quando eu chegar assim na mansão eu sei que vou ouvir a conversa do meu pai sobre responsabilidade na hora de me divertir. Desde que eu era novinho que eu ouço ele falar sobre isso.

- o senhor Franco não sabe brincar – meu irmão entra na conversa.
- vamos embora antes que eu decida colocar meus planos de acabar com a raça de vocês em prática – falo saindo da sala.

Meus seguranças já me avisaram que o meu carro está pronto e os seguranças do fim de semana também.

- deixo vocês na mansão e vou para a minha cobertura – digo

- esqueceu que é hoje o seu noivado irmão – por um momento sim.

- car@lhoooooooooooooooooo – brado.

- a tia mãe está nos esperando na mansão, tem trocentas mensagens dela aqui no meu telefone –  Marcela fala.

- e no meu também – meu irmão fala olhando para a tela.

Olho para o meu telefone e não acredito na quantidade de mensagem da minha mãe e do meu pai registrados nessas últimas horas.



***** Ainda hj eu público mais um capítulo para vocês 😍.

Curtam e comentem é muito importante saber se vcs estão gostando da minha trama ❣️🔥❣️.

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Um desconhecido mudou a minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora