Um desconhecido mudou a minha vida

CAPÍTULO XXV - Pedro

Todos prontos.

Desembarcamos e fomos em direção a uma das minhas boates.
Eu teria que fazer mesmo essa visita a essa casa noturna, então juntei o útil ao trabalho.

Resolveria tudo e depois me juntaria a eles para curtir a noite. Era merecido depois desses dias de trabalho intenso.

Chego á entrada principal e o meu chefe de segurança que está á porta logo me avista.

A entrada estava lotada, uma fila enorme se formava na calçada e muitos motoristas em frente á rua dentro dos seus carros também estavam buscando espaço para estacionar e curtir a noite de sexta-feira. Essa rua era muito movimentada e possuía outras boates, mais nenhuma se comparava a minha e como eu não tinha medo da concorrência do local, era indiferente a elas. Se tivesse medo da concorrência local eu já teria comprado todas essas boates ao lado e unificado tudo, mas essa nunca foi a minha intenção.

Já tenho casas noturnas e empresas suficientes para lavar tudo que entra no meu patrimônio através do mercado negro.

Eu tinha uma entrada privativa, mas eu já estava sem aparecer a algum tempo, e por medida de segurança meu código digital que era identificado pela digital do meu dedo indicador, só abria por fora e é possível que ela não esteja destravada por dentro nesse momento.

- senhor Franco – ele saúda um pouco surpreso – venha por aqui – ele é rápido e pede espaço para que eu entre com a minha prima e o João.

Dentro da boate esta tão cheio quanto lá fora. Não parei na pista de dança e nem no bar lateral, eu preferi ir direto para o meu escritório. Queria resolver primeiro os problemas administrativos.

- vou ficar por aqui – meu irmão diz ao pé do meu ouvido, já que o som está alto.

- você não vai ficar conosco? – minha prima pergunta.

- vou resolver uns problemas primeiro. Logo me junto a vocês – digo – vocês podem ficar aí me aguardando. E João... vê se não abusa da bebida e da farra com as mulheres, você só tem dezesseis anos e papai vai me matar se souber que você abusou do álcool – ele assentiu me olhando – e eu também posso precisar dos seus serviços no decorrer da noite – conclui

- ok – Marcela diz e eles se dirigem ao bar da área vip.

Provavelmente eles vão tomar todas e meu irmão vai acabar aos beijos com uma mulher e minha prima vai parar em algum dos pole dance que tem espalhados pelo local. E claro que ela vai fazer alguns marmanjos babarem nela essa noite.

Meu chefe de segurança esta ao meu lado desde que ele me avistou na portaria.

Me viro pra ele assim que adentro ao meu escritório e falo.

- Caio, preciso que chame um por um á minha sala hoje, começando agora, não quero perder tempo.

- sim senhor Franco – ele diz

- Nesse primeiro momento eu só preciso dos lideres de equipe – Para não atrapalhar o trabalho da casa nessa noite eu não posso chamar todos de uma vez e não vou aguardar a casa fechar para fazer essa reunião porque eu quero tomar todas hoje.

Quero perder os sentidos de tanto beber. Vou beber como nunca bebi em toda a minha vida.

- como preferir senhor Franco – ele não perde mais tempo e vai fazer o que mandei.

Sento na minha cadeira. Um misto de emoção toma conta de mim nessa hora, me fazendo lembrar de um tempo não muito distante em que eu era assíduo desse local, seja para o trabalho ou para me divertir com mulheres e bebidas.

A minha sala continua do jeito que deixei. Ate as canetas estão no mesmo lugar. Quem limpa a sala sabe que eu gosto de encontrar tudo no mesmo lugar que deixo. Não gosto de bagunça.

Um sofá grande vermelho fica de frente a minha mesa que é de madeira escura maciça combinando com a decoração em tons de preto e vermelho também há muitos tapetes nesses tons espalhados pelo chão.

Daqui de dentro eu tenho uma visão quase que de cem por cento da boate. Meu escritório foi projetado com essa intenção. Como eu amo ter a visão de tudo ao meu redor eu pedi pra arquiteta projetar tudo de forma que eu conseguisse ter total controle visual do lugar. E foi isso que ela fez com maestria. Ele fica no alto e suas paredes são de vidro, me dando visão de praticamente tudo, consigo visualizar, mas quem esta de fora não vê nada e nem imagina que essa parte no alto é o meu escritório.

O primeiro funcionário entra. Ele comanda a equipe na parte da logística.

- boa noite senhor Franco.

- entre – digo e logo faço sinal pra ele sentar no sofá a minha frente.

...

O ultimo líder de equipe sai da sala e eu respiro aliviado.

O trabalho acabou. Não! Não acabou, ainda falta a equipe de segurança, mais eu não tenho como fazer isso com eles agora. O local está muito cheio, e seria imprudência minha deslocar qualquer um dos seguranças que fosse do seu posto nessa noite.
Viro uma dose de whisky no meu copo.

Eu já estava bebendo aos poucos conforme atendia os funcionários. E agora eu ia começar a brincadeira.

Levantei da cadeira. Meus pés estavam um pouco dormentes da posição em que fiquei.

- puta’ que pariu, mais essa agora – pés dormentes, reviro os olhos, tentando me mexer.

Caminho ate o vidro do escritório na ânsia de achar a minha prima e meu irmão. Quero me juntar a eles agora. O céu é o limite.

Eeeee – car@lhoooo – esbravejei e virei á dose toda que estava no meu copo. A dormência nas pernas que ainda passava, agora passou de vez depois dessa visão.

Cocei os meus olhos e fui ate a minha mesa pegar um óculos que eu usava quase nunca. Eu estava baratinado, achei os óculos em uma das gavetas, coloquei no rosto, me dirigi á parede de vidro e olhei de novo – puta’ que pariu – esbravejei mais uma vez e olhei de novo pra confirmar. Mesmo com o som alto da boate, meu segurança que ficava sempre a porta do meu escritório me ouviu xingar e bateu na porta e em seguida entrou preocupado com a pistola na mão.

- abaixa essa arma Caio – falei e ele me obedeceu imediatamente, guardando a mesma no coldre.

- senhor Franco – ele diz assim que entra.

- merd@, merd@, merd@aaaaaaaa – grito - trás ela aqui, agora – grito de novo completamente descontrolado olhando pra ela lá embaixo na pista – Busque ela agora ou você esta demitido – falo rápido e embolado. A tensão era tão grande que eu quase quebrei com as próprias mãos o copo que eu estava segurando. E acho que o Caio não entendeu nada.

- ela quem senhor? – olho pra ele e desvio de novo o olhar pra ela.
- porr@ que mulher lindaaaa - falo mais pra mim do que pra ele ouvir.

Nem pensar que eu vou deixar ele tocar nela pra trazê-la até mim. Meu lado possessivo que eu nem sabia que eu tinha aguçou nessa hora. 

- minha, só minha – saio da sala falando isso.

Eu vou buscar ela agora mesmo e dessa vez ela não vai escapar depois que eu a tiver em meus braços. 

Era ela de vestido vermelho em destaque na meia luz do ambiente. No meio da minha boate, no meio daquele monte de marmanjo,.... sai de dentro da minha sala como um completo descontrolado com o Caio logo atrás.

- Alina, minha Alina... minha... só minha...  – eu não parava de pensar e repetir isso.

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LEMBRANDO QUE ESSA OBRA É UMA OBRA DE FICÇÃO, E ALGUNS FATOS PODEM FUGIR UM POUCO DA REALIDADE. 😗🙌