CAPÍTULO XXIV - Alina

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A segunda-feira chegou e com ela a promessa de mais uma semana sem muitas expectativas

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A segunda-feira chegou e com ela a promessa de mais uma semana sem muitas expectativas.
Aliais tinha sim, muita expectativa, mais eu não estava interessada em nada.

Tudo seguia normal. Fui pra escola todos os dias. Consegui fazer meu curso de artes plásticas normalmente, mas meus esboços de pinturas estavam meio melancólicos, meus professores notaram isso também e me deram o feedback que foi favorável já que era a minha inspiração no momento. O artista demonstra o seu interior na sua arte.

Eu procurei extravasar meus sentimentos nos pinceis e nas cores que antes eram mais coloridas e alegres e agora estavam escuras como a minha semana.

Nas aulas extras de idiomas eu consegui aprender também, não tão bem quanto eu aprendia nas aulas, mas também não as freqüentei em vão.

- senhorita Lima – o senhor Afrânio me chama – a senhorita vai parar na cafeteria para lanchar como sempre faz as sextas? – Ele pergunta.

Só de pensar na cafeteria eu me tremo dos pés a cabeça.

- não senhor Afrânio. Vamos direto para a mansão por favor – ele me olha sem entender mais não pronuncia nenhuma palavra e segue para a mansão.

Já faz alguns anos que a minha rotina de tarde de sexta-feira acabava nessa cafeteria. Mas a ultima sexta-feira foi um pouco traumática, mesmo eu amando tudo que aconteceu.

Fico imaginando se ele vai fazer isso comigo depois que eu casar? Que idéia é essa Alina? Que pensamento doido é esse Alina. Você nem sabe se seu futuro marido vai andar ao seu lado, ou vai te deixar sair.

Vai que ele é um maluco que me prenda em casa o dia todo sem me deixar sair ou estudar. Que arrepio eu senti agora.

Preciso me desfazer desses pensamentos já.

- chegamos – ele diz saindo do carro e abrindo a porta para eu sair.

- obrigado – agradeço e entro em casa em disparada.

Não estou preparada para o que encontro na sala da mansão.
Minha mãe e uma senhora muito bonita estão sentadas conversando em meio a muitas coisas de decoração espalhadas pelo local e outras pessoas em pé trabalhando sem parar.

Deusssss é real..... quase desmaiei nessa ora. Me deu um teto preto nos olhos, eu dei um passo atrás, mas não passei despercebida dos olhares delas.

- Alina – minha mãe praticamente gritou.

Só então notei as mãos do meu pai que estava próximo de mim e me socorreu. Ele me segurou antes que eu pudesse me estabacar no chão.
Que vergonha. Tenho quase certeza que aquela senhora é a minha futura sogra. Mamãe não estaria conversando com qualquer pessoa no sofá da sala da mansão.

- Minha filha – trás uma água pra ela, agora! – meu pai ordena aos subordinados que se movimentam, e ele me conduz ao sofá.

As duas já estavam me rodeando, parecendo preocupadas. Eu não consegui olhar nos olhos de nenhum deles três. Principalmente dela, da minha futura sogra. De repente me bateu uma vergonha, parecia que eu estava traindo eles com as minhas ultimas atitudes com o Pedro. Mas quem manda no coração?

Pego o copo de água e todos vêem as minhas mãos tremerem. É possível que eu esteja pálida também.

- já que não no apresentaram, eu mesma me apresento. Sou Adela Franco sua futura sogra – ela diz tomando a iniciativa, e nesse momento eu consigo olhar pra minha mãe e vejo minha mãe revirar os olhos sem que ela perceba. Então crio coragem e olho para a senhora Franco.

- prazer senhora Franco – falei ainda sentada, eu não tinha forças pra levantar.

- me chame de Adela, só Adela por favor, nossa, você esta tremendo – ela se inclina e pega na minha mão. Sinto suas mãos suaves e quentes como se fosse um conforto e uma calmaria nesse momento conturbado, não sei explicar direito, mas era bom, seu toque foi delicado..., agradável... – você é ainda mais linda pessoalmente senhorita Lima.

- obrigada – agradeci sem graça.
- eu posso subir – falei olhando para o meu pai. Imaginei que a minha mãe iria querer que eu ficasse ali com elas na organização.

- agora não Alina, já que você chegou, venha nos ajudar, a final esse noivado é seu – minha mãe nega a minha subida.

- por favor mamãe – imploro e a senhora Adela me olha com pena, acho que é isso que percebi em seu olhar. Não sei dizer.

- vou levá-la luma – meu pai fala pra minha mãe.

- mas ela tem que ficar aqui conosco – ela contesta.

- ela vai subir comigo agora. Não esta vendo que ela não esta bem? – era mais uma confirmação que uma pergunta. Estranhei mei pai ser firme com a minha mãe nessa hora. Ele sempre acata tudo que ela decidi.

- me desculpa senhora Franco, digo Adela,... – falei direcionada a ela.
- não se preocupe minha querida. Eu te entendo – ela diz calma com a voz suave.

- vamos minha filha – meu pai me pega no colo e me leva direto para o quarto e me deposita na cama tranquilamente.

- vou chamar alguém pra te ajudar.

- obrigado papai – agradeço com um sorriso seco.
Ele me salvou hoje.

Ele sai e chama uma das empregadas pra me ajudar no banho. Uma delas entra com um comprimido relaxante muscular e um copo de água acompanhado de uma maçã. Eu tomo um banho, me preparo para dormir após tomar o remédio a água e comer a maçã.

Penso na minha tonteira pode ter sido porque eu estava com a barriga vazia a algumas horas, por isso fiz um esforço em comer a maçã oferecida.

Deitei e dormi mais ou menos umas três horas seguidas. Acordei meio assustada com a boca seca e desci para tomar uma água.

Me deparo com a sala, a mesa de jantar... , tudo praticamente arrumado para amanhã. O cheiro das rosas brancas exalava por toda mansão.

Olhei no relógio. Era quase onze horas da noite – preciso sair daqui – falei baixo comigo sozinha na cozinha.

Tomei minha água e sai correndo para o meu quarto. Liguei pra fernandinha e decidi fazer uma loucura.

Eu ia fugir, nem que fosse só por essa noite.

Coloquei a minha roupa mais sensual. Um vestido lindo vermelho que eu comprei e nunca tinha usado e nem sabia se algum dia eu iria usar, mas eu coloquei ele com um salto alto lindo nos pés,... fiz uma maquiagem bem carregada, para o lugar que eu iria jamais não podia parecer que eu era menor de idade, peguei a minha bolsa e sai do meu quarto.

Fui ao escritório dos meus pais e peguei algumas notas de dólares que eu sabia que ficavam no meio de alguns livros e não no montante no cofre junto as jóias da família. Peguei algumas não, peguei muitas. Enfiei-as dentro da bolsa junto com meu telefone. Minha bolsa era pequena, mas coube bastante nota. E as que não couberam eu deixei em cima da mesa deles, eu não estava a fim que encobrir o meu crime dessa noite.

Desliguei os alarmes e as câmeras de segurança. Que se dane tudo. Esse é o meu momento de rebeldia adolescente que eu nunca tinha feito. Saí pela porta dos fundos em direção a portaria do condomínio. Eu já tinha pedido em carro por aplicativo e não foi difícil passar pelos porteiros já que eles me conheciam e sabiam que eu não sairia sem a permissão dos meus pais, bobinhos eles deduzindo que eu tinha permissão pra sair, ainda bem.

Entrei no carro que chamei por aplicativo e dei o nome da local que queria ir.

Eu estava fazendo isso mesmo? Estava, e estava muito satisfeita com isso.

*** Chegamos até aqui. Obg a todos que estão acompanhando esse livro****

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Um desconhecido mudou a minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora