CAPÍTULO XXVI - Alina

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Eu tinha avisado a fernandinha, mas não tinha dito ao certo para onde eu iria naquela noite. Ela insistiu e ficou um pouco chateada, mas ainda assim eu não tive a coragem de dizer nada pra ela.


Eu já havia colocado ela e o Artur em uma enrascada uma vez, durante a minha primeira aventura com o Pedro, e dessa vez eu não quis que eles fizessem parte dessa minha loucura.


Ate porque não precisar ser muito inteligente pra saber que vai dar merd@ no final. E eu quero mesmo que dê merd@, e que feda bastante nas narinas dos meus pais.

...


Entrei no carro que chamei por aplicativo e dei o nome da local que queria ir.


Eu estava fazendo isso mesmo? Estava, e estava muito satisfeita com isso.


A rua era larga, mas ainda assim não suportava a quantidade de carros e pessoas que queriam curtir as suas noitadas, então por esse motivo pedi ao motorista para que me deixasse bem próximo a entrada da boate, mas sem entrar no transito quase parado.


Eu queria conhecer esse local à um tempo mas nunca consegui vir, primeiro por não ter idade e segundo porque os meus pais também nunca permitiriam que eu viesse.


Pensei por um momento em como eu iria entrar nesse lugar.


Se eles decidissem pedir meu documento eu estaria lascada e não conseguiria continuar com os meus planos.


- eiiii Alina - ouço alguém gritar meu nome.


- aqui - ela grita, a voz é feminina. Olho e vejo a amandinha, uma das minhas amigas da escola.


Aceno pra ela com as mãos e logo percebo que ela não está sozinha.


- oi - digo seguindo em sua direção.


- o que faz aqui a essa hora Alina? - ela me olhou por completo analisando tudo em mim. Ela deve ter estranhado o fato de eu estar naquele lugar, aquela hora e com aquela roupa.


- eu vim me divertir um pouco - ela levanta a sobrancelha.


- e seus pais permitiram? - ela pergunta e eu olho pra baixo sem saber o que responder - entendi - ela continua me analisando - Hoje nós vamos nos divertir como nunca - ela olha ao redor e eu levanto a cabeça - você tem dinheiro para entrar naquela boate? - amandinha aponta justamente para a boate que eu queria entrar.


É claro que eu tinha dinheiro, eu já tinha até pesquisado os valores da entrada no site da boate a uns dias antes. Eu também já tinha ouvido algumas conversas de amigos que freqüentavam o local.


- sim, dinheiro não é o problema - disse um pouco alegre.


- então vamos. Estamos acompanhadas de amigos que tem passaporte vip, nem precisamos enfrentar fila pra entrar - ela fala olhando pra alguns dos homens e mulheres que chegaram com ela.


Meu plano está dando certo. Vou conseguir entrar aonde eu queria com a ajuda da amandinha e seus acompanhantes.


A Amanda sabia que eu era menor de idade, inclusive ela também era, e não me questionou nada na entrada. Ela também sabia mais ou menos como era a minha criação e também não me questionou sobre os meus pais saberem ou não que eu estou aqui. Talvez algum dia ela me perguntasse sobre essa noite. Mas hoje ela me parece que entendeu a minha situação aqui e poderia ate ter a curiosidade de perguntar algo a mais, mas não o fez. E isso era bom.


Ninguém pediu a minha documentação na entrada.


Minha noite estava começando em grande estilo digamos assim.


Entramos tranquilamente. Mais lá dentro não estava nada tranqüilo. A batida das musicas era convidativa, logo já balancei o corpo querendo dançar.


Essa é a primeira vez que entro em uma boate. Confesso que me assustei um pouco com o tumulto, ainda que organizado. Os salões que havia se dividia em vários ambientes com musicas de ritmos diferentes. Muitas pessoas dançando e bebendo, algumas só olhando e outras namorando como se ninguém estivesse perto.


Tinham vários pole dance espalhados por vários cantos do lugar. Deu vontade de subir e dançar ali. Quem sabe depois de umas doses de tequila ou gin... simmm, tequila e gin... hoje eu quero a bebida mais forte que tem nesse lugar.


- esta tudo bem? - amandinha me vira e pergunta


- sim, estou surpresa com tudo que estou vendo aqui dentro, só isso - respondi


- a gente sempre fica um pouco aqui no bar e depois de um tempo subimos pra área vip que fica mais acima. La não é tão cheio como aqui, mas é bom também - ela diz


- eu vou acompanhar vocês em tudo. Posso? - eu não fazia idéia do que fazer, então preferi nesse primeiro momento colar neles até me acostumar com o ambiente.


- claro Alina, você está conosco, ficaremos juntas aqui - ela assente


- Obrigado amandinha. Preciso de uma bebida muito forte - disse ao garçom que se aproximou


- Alina, você tem certeza? Você já bebeu antes? Estou preocupada com você - ela fala e olha também para o garçom. Espero que ele não perceba que eu sou menor de idade.


- sim, eu já bebi sim - mentira minha. Nunca coloquei uma gota de álcool na boca.


- você parece que nunca bebeu antes - ela não acredita no que eu falo. E eu estou preocupada com o garçom notar a minha idade e chamar os seguranças pra me colocar pra fora daqui.


- já sim amandinha, e eu estou acostumada - falo entre os dentes dando uma cutucada nela. Menti de novo. Eu não estava me reconhecendo.


- tudo bem - ela diz a contragosto.


- pode trazer todas as bebidas então - um dos homens que estavam conosco fala ao garçom que segue para busca da bebida.


Não da pra conversar muito por causa do som alto, então é só beber e dançar. Eu nem quero conversar mesmo.


Que noite eu estava vivendo. Tudo me encantava, eu sabia que essa alegria era passageira e que amanhã eu iria acordar com um dor de cabeça horrível, mas eu não me importava. Eu queria sugar tudo que eu pudesse.


Queria viver esse momento como se não houvesse amanhã, como se fosse a primeira e a ultima vez.

*** Chegamos até aqui
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Bjks ótimo fim de semana 😘


Um desconhecido mudou a minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora