Um desconhecido mudou a minha vida

CAPÍTULO LV Pedro

Sentado estou na minha cadeira que antes pertencia ao meu pai,  trabalhando e tentando me concentrar. Ainda não me acostumei ao fato que assumi tudo e não o vejo mais tão ativo de um lado para o outro aqui na empresa.

- se concentra Pedro - minha voz resona baixo tentando ler um acordo tecnológico que João solicitou com uma empresa em desenvolvimento.

- irmão - João entra na minha sala repentinamente sem bater a porta e claro deixar minha secretária anunciar.

- minha mãe não te deu educação não? - não levanto o olhar, continuo encarando as folhas com letras e números intermináveis espalhadas por minhas mesa.

- então já esta analisando tudo?

Os papéis a mesa o interessa.

- sim e não! Não consigo me concentrar.

Sei que meu irmão me admira e me tem como exemplo de homem e por isso não faz nenhum sentido não demonstrar esses momentos á ele. Até porque ele também passará por eles. Se não igual, parecido.

- está difícil me concentrar em tudo.

- então volte ao foco.

Quando penso que não podia piorar, Marcela entra.

- primo, eu preciso de ajuda.

- put@@@ que pariuuuu - jogo todos os papéis para o alto.

Fui treinado para manter o controle sobre tortura, mas isso é pior que tortura.

- ele está assim porque está amando - e ela ainda tem coragem de abrir mais ainda a boca para falar merd@.

- e olha que ainda nem casou - João tenta organizar tudo.

- somos um trio, sempre juntos e unidos e agora não será diferente, primo.

- mas é claro! Vocês fazendo merdass e eu sempre conversando. Belo trio.

Como chefe tenho muita mais responsabilidades que eles e ainda sou responsável por todos. Fica casa dia mais difícil gerenciar tudo e todos.

Me pergunto... como meu pai consegui?

- João, me sirva uma água.

- água?

Ele me olha incrédulo. Estou ficando louco mesmo pedindo água.

Beberico tudo enquanto a Marcela ajeita os papéis na ordem correta.

Se concentra, Pedro. Sua vida gira em torno da sua mulher, e não só dela, mas de todo e resto e não é pouco.

- sentem vocês dois.

Os dois se sentam sem questionar. Marcela ajeita o cabelo e João nota o visor do telefone acesso em.swu bolso.

- vamos por partes. Eu já li esse acordo antes. Só estou tentando fazer alguns ajustes.

- não os faça agora.

- porquê?

- a empresa é nova e pequena. Minha sugestão é fechar o acordo dando brexas contratuais para algumas alterações posteriores - João é muito inteligente.

- é arriscado.

- seria se o acordo fosse de milhões. Mas o investimento é baixo comparados aos nossos outros sócios.

- você tem toda razão, vamos fechar - ele abre um sorriso de satisfação. Esse menino vai longe. Nem parece que cresceu tão rápido. Quando chegou a nossa casa era raquítico e feinho, parecia um ratinho, e agora está ao meu lado nos negócios.