CAPÍTULO XVII - Pedro

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- já falei que não quero parar em porr@ de café nenhum - digo pela milésima vez dentro do carro

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- já falei que não quero parar em porr@ de café nenhum - digo pela milésima vez dentro do carro.

- e eu já falei que você esta parecendo um velho ranzinza a semana toda e merecemos que vá conosco tomar pelo menos um café - meu irmão diz.

....

Minha semana não foi das melhores. Era perceptível o meu mau humor. Trabalhei muito mais esses dias. Queria descontar as minhas frustrações com trabalho excessivo. Quem sabe assim eu conseguia esquecer os acontecimentos do fim de semana.

Não estava sendo fácil não ter nenhum contato com á Alina esses dias.

Todos os dias eu ia pra aquela calçada daquele condomínio que a deixei pra tentar vê-la. E nada, não conseguia encontrar ninguém. Cheguei ate a conversar com o porteiro e pedir informações em troca de dinheiro, mas ele apontou para a câmera de vigilância e disse que ela não só gravava imagens mais também as nossas falas.

Queria as informações mas não o queria desempregado ou preso por minha causa. Que decepção. Queria alguma pista de onde encontrá-la.

Dias difíceis tenho vivido. E o álcool tem sido meu companheiro de cada noite pra conseguir dormir.

Meu pai já estava sabendo o que estava acontecendo, mas ele imaginava que o motivo era o contrato pré-nupcial que se aproximava de ser assinado por completo. E eu deixei ele pensar que era por isso. Claro que eu não falaria que estava desse jeito por causa de uma mulher que sai uma vez no fim de semana. Ele foi na empresa algumas vezes. Levei algumas broncas no reservado. Mas a minha situação não me deixava sair ileso dessa possível queda pessoal que já estava anunciada. E ainda tive que ouvir: - eu disse meu filho que as suas noitadas uma hora ou outra iriam interferir na sua vida profissional.

Eu preciso daquela mulher. Essa era a minha única certeza.

Minha prima já sabia o motivo do meu mau humor. Ela me conhecia bem. Por isso ficava jogando verde pra eu cair na dela e contar algo.

Chegou ate a me oferecer o ombro pra chorar ou os ouvidos pra ouvir os meus lamentos. Confesso que eu não tinha um amigo intimo pra esses tipos de confissões e não seria nada mal' ter a marcela como minha confidente, eu confiava nela e também no meu irmão pra isso, mas ainda não era o momento de me abrir. Marcela a não era burra, pelo contrário era uma mulher experiente em relacionamentos amorosos. Já meu irmão estava começando com os namoricos e não percebeu nada, mais sabia que eu estava diferente no comportamento, e igual meu pai ele também pensou que o meu problema fosse o arranjo.

Hoje alguns acionistas insistiram em fazer uma reunião em uma das nossas filiais. Fazíamos visitas constantes nas nossas empresas, mais nessa em especifico já não conferíamos os trabalhos presencialmente há um bom tempo. E por esse motivo fomos realocados nessa tarde.

A reunião foi normal, revemos alguns pontos importantes e ajustamos alguns contratos. Não demoramos nesses assuntos e por fim terminamos antes do horário previsto para o termino de expediente de uma sexta-feira.

Minha prima sempre atenta a todos os detalhes. Aprendendo tudo que conseguia. Seu esforço era notório.

Em breve ela teria como prosseguir sozinha na administração das suas empresas, aliais, sozinha não, ela teria advogados, secretários... disponíveis. Reparei que ela não trouxe nenhum deles para a acompanhar. Perguntei a ela o porquê e ela me respondeu que precisava aprender tudo sozinha primeiro e depois passaria o que aprendeu para os seus subordinados. Mas que provavelmente buscaria algum profissional novo no mercado de trabalho para á auxiliar.

- ufaaa... concluímos a semana com louvor - minha prima diz ainda sentada na mesa de reunião. Todos já tinha sido dispensados. Só estávamos nós três na sala.

- conseguiu aprender bastante prima? Você está imersa em tudo, seu foco é impressionante - meu irmão a elogia e eu concordo com a cabeça.

- mereço um café - pensa - um café daqueles deliciosos de capa de revista de confeitaria - ela diz se

- eu vou direto pra minha cobertura - falei

- nem pensar! Você vai nos levar pra tomar um café agora - tenta me convencer e nesse momento vejo que meu irmão já concordou e é possível que ele já ate saiba aonde nos levar.

- merecemos isso depois de aturar o seu mal humor a semana toda - conclui.

- vejo que não tenho escolha - falei desanimado. Mas logo que levantei da mesa me senti bem em acompanhá-los no café.

Meu irmão orientou meu motorista a parar em um local que eu passava sempre em frente, quase todos os dias pra ir ao trabalho, mais nunca entrei naquele lugar.

Ele freqüentava a noite, a garotada da idade dele se reunia a noite na parte da hamburgueria gourmet que tinha na parte de trás.

Mais a caminho da cafeteria dentro do carro o desanimo veio novamente. Picos de bipolaridade me atingiam. Que conflito pessoal era essa.

....

Adentramos a cafeteria.

- eu não gosto de café - digo.
Na verdade eu gosto sim, mas o meu mal humor não quer tomar café.

- deixa de ser chato aqui não tem só café. Como um pedaço de torta doce pra ver a adoça esse seu lado amargo que não te deixou em paz esses dias - minha prima diz e eu me desvio completamente deles e olho ao redor.

Eu não acredito nisso. Ela estava ali sentada em uma das mesas logo a minha frente. Bem próxima de mim. Nossos olhares se encontram novamente, como na primeira vez naquele bar. Ela levanta rápido, como se quisesse fugir. Não penso duas vezes em sair em disparada atrás dela.

Deixei meu irmão e minha prima sozinhos. Eles não devem ter entendido nada nessa hora e eu não estava me importando com o que eles estavam pensando. Eu só queria ir atrás dela, sentir seu cheiro, provar seu beijo... tocar a sua pele... desejos insanos povoaram a minha mente.

Cheguei rápido ao seu lado e a peguei pelo braço conduzindo-a.

- Alina - minha voz sai um pouco rouca.

- Pedro!


*** Mais um capítulo para vocês
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Bjkssss 🥐🥞☕🔞🔥🔥🔥😗

Um desconhecido mudou a minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora