CAPÍTULO LI - Alina

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Pedro sai e eu começo a tomar o meu café da manhã na companhia da minha sogra. Conversamos sobre o jardim em frente á mansão.

Falamos sobre o nosso dia a dia. O cotidiano de cada uma. Até que Adela entrou em um assunto importante.

- posso marcar o médico Alina?

Minha boca saliva em preocupacao, mas posso fechar os olhos para o que está acontecendo com meu corpo. Pode ser algo grave.

- claro. Eu preciso me consultar o quanto antes.

M'al termino de falar e sinto algo estranho no meu estômago.

- vamos. Consegue andar?

- minhas pernas estão um pouco dormente.

- deixe eu te ajudar. Vou chamar um dos seguranças, não vou aguentar te levantar sozinha.

- não ... Eu consigo ...

Levanto com uma certa dificuldade. Moleza corporal é o nome nessa hora. Porque me sinto assim tão mole?

- de novo não... - minha mão vai á boca e Adela já sabe o que estou sentindo, claro que ela sabe.

- vamos, vou te ajudar a ir ao banheiro - isso de novo não.

Peguei um fôlego não sei de onde quando levantei. A vontade de não vomitar pelo meio do caminho me fez acelerar os passos em disparada.

Passamos pelo corredor correndo em direção ao mesmo quarto que passei m'al ontem.

E para o meu azar a porta do escritório estava entreaberta e a nossa passagem acelerada em alvoroço não passou despercebida por quem estava lá dentro.

Nossos passos e principalmente os saltos não tão altos mas barulhentos de Adela ecoaram pelo espaço.

Todos saíram preocupados tentando entender o que estava acontecendo.

- mamãe, Alina,... - Pedro fala assim que nos encontra no banheiro. - deixa que eu ajudo ela - ele fala assim que vê o meu estado no banheiro, e sem dar margem para a sua mãe questioná-lo vem direto ao meu encontro.

Adela já está saindo do banheiro quando Pedro diz: - chame um médico para agora mamãe.

- sim meu filho - Adela me olhou como se já estivesse o resultado do que eu sentia. E em seguida sai do banheiro deixando que Pedro controle a situação.

- eu não preciso de um médico Pedro.

Não consigo nem falar direito e quero contestar?

- alina, alina... o que eu faço com você? - ele respira cansado, mas não deixa de apoiar a minha testa com as mãos.

Meu estado é deplorável. Coloquei o que comi para fora....

- realmente acha que pode me esconder algo? - ele está sério nessa hora.

- nós ainda não conversamos sobre isso Pedro - falo chorando, nessa hora eu já tinha lavado o meu rosto e estava deitada na cama.

- não conversamos sobre praticamente nada, mas existem assuntos que não podemos adiar. E esse é um deles.

- eu estou com muito medo, Pedro - choro.

- eu estarei com você. Não te deixarei sozinha, Alina - meu coração se enche de esperança, confiante que ele estará comigo para o que tiver que acontecer em nossas vidas.

Mas porque eu pensei como se ele não estivesse comigo? Eu imaginei uma coisa sem sentido.

- eu estou com medo de você me rejeitar e me acusar de ter engravidado para te prender a mim de qualquer forma - confesso, nem sei mais o que estou dizendo. Da onde eu tirei isso?

Um desconhecido mudou a minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora