CAPÍTULO VII Pedro

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Conclui a minha sexta-feira trabalhando, mais a todo momento vinha esse arranjo do meu pai na minha mente, tomei alguns goles de whisky ainda sentado na cadeira da presidência, li alguns contratos, deleguei algumas funções na empresa. Não estava com cabeça pra reuniões hoje.

Chamei a minha secretária na minha sala.

- Liza, cancele meus compromissos pra esse fim de tarde, preciso sair, por hoje chega.

- sim senhor! Deseja mais alguma coisa senhor Franco?

- não Liza, e você está dispensada também.

- obrigada senhor Franco, vou agendar pra semana que vem essas duas ultimas reuniões dessa sexta. - ela fala e logo sai da minha sala.

Saí mais cedo da empresa, precisava respirar. Meu motorista já me aguardava para me levar direto para a cobertura. Jogo a minha pasta no sofá - nossa... preciso de um banho - resmunguei comigo me esparramando no sofá.

Faço um lanche, tomo um banho e em seguida me deito na cama.

Não tinha ninguém no apartamento, minha empregada e cozinheira só vinham de segunda a sexta, e deixavam tudo pronto para o meu sábado e domingo.

Eu gostava de ficar sozinho e a vontade na minha cobertura durante os finais de semana.

O sábado chegou, o Sol raiava por toda Miami. - que dia lindo - falei alto olhando para o céu, meu quarto e quase todo o meu apartamento tinha a maioria das paredes em vidro dando a visão linda do Mar sempre a minha frente - coloquei a minha roupa e tênis de corrida, eu não era o tipo obcecado por malhação, mas gostava de cuidar do meu corpo, tinha alguns gominhos na minha barriga e um tríceps de dar inveja, distribuídos em um metro de noventa de altura. Minha pele é parda, meus cabelos são negros e curtos, meus olhos azuis se destacam, minha aparência é herança genética de uma mistura de suiços e Africanos.

Avistei a praia após sair do meu prédio, corri, caminhei na orla, tomei uma água de coco.

Dentre muitas pessoas na praia e na orla, crianças e adultos se divertindo, correndo, tomando banho de Mar, jogando frescobool, a diversão era garantida.

Eu e meus óculos escuros só observando tudo que acontecia ao redor, até fixar os meus olhos em duas meninas conversando. Eu estava próximo, mas não dava pra ouvir a conversa, mas a aparência e o sorriso de uma delas me chamou a atenção, ela era linda, acredito que deveria tem no máximo vinte anos, seus cabelos eram longos e sua pele era alva como a neve. Elas sorriam conversando, mas percebi que seus olhos também estavam vermelhos como se estivessem chorando. Elas estavam com roupa de banho e cada uma tinha uma bicicleta ao seu lado.

Desviei o meu olhar quando encontrei um amigo de corrida.

- ei Pedro, tudo bem? Estou te chamando á um tempo.

- Álvaro, meu amigo, como você está? Chegou aqui agora? - perguntei.

- já dei uma volta na orla, mas não te vi- respondeu

- eu acordei mais cedo hoje, cheguei do trabalho cedo ontem e dormi acordando antes do previsto pra todo sábado. Mas me diga, vamos jogar uma sinuca mais tarde hoje? Gosto da calmaria daquele barzinho - eu poderia freqüentar lugares mais sofisticados, e de acordo com a minha classe social, só que eu preferia a calmaria e a companhia dos amigos improváveis que eu tinha para jogar sinuca, nenhum deles sabia ao certo quem eu era, e eu não fazia questão de ficar me exibindo pra eles. Eu gostava da forma que eles me tratavam, sem falsidade ou medo por se dirigir a palavra pra alguém tão poderoso como eu.

- claro! Minha presença é confirmada sempre - ele falou sorrindo.

- vou indo - falei me despedindo e olhando pro outro lado procurando o meu raio de Sol dessa manhã, mais ela já não estava mais lá. - droga- me lamentei.

Segui para a minha cobertura, tomei um banho, permaneci de roupão. Desço as escadas em direção da cozinha. Separo a comida que a Dora já tinha feito para o meu almoço de sábado. Coloco no forno e aguardo o timer apitar. Tinham vários restaurantes maravilhosos com chefs renomados que eu poderia ir ou pedir pra entregar aqui, mas eu preferia a comida caseira da Dora, já que durante a semana eu comia fora todos os dias por causa do trabalho.

A comida da Dora estava no ponto certo como sempre, degustei meu almoço na mesa da varanda enorme que circulava toda a minha cobertura observando o Sol e o Mar.

Depois lavei o que usei, a Dora ficava admirada quando chegava na segunda-feira e tudo que usei estava limpo. Segui para o quarto, fechei as janelas e cortinas, tirei meu roupão, o ar condicionado já estava ligado, deitei na cama pelado, me cobri e consegui dormir depois de alguns pensamentos tortuosos.


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Um desconhecido mudou a minha vida
Por Nana Lion *******

Um desconhecido mudou a minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora