CAPÍTULO XV - Pedro

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Minha prima Marcela, estava hoje com trinta anos. Ela estava ainda mais linda que a vi da ultima vez. O tempo tem sido generoso com ela.


Mamãe e papai estavam felizes em vê-la. Minha mãe sempre a tratou como uma filha que não teve.


A maioria das férias anuais a Marcela passava quase toda na nossa casa ou viajava conosco já que ela gostava muito dos meus pais, e seus pais não se importavam que ela ficasse conosco nesse período. Meus tios sempre foram atenciosos com ela, mais quando se tratava dos meus pais, eles aliviavam a atenção e a deixavam aos cuidados dos meus pais.


- como estão seus pais Mar? – mamãe pergunta, e se refere a ela com o apelido carinho que sempre a chamamos.


- estão bem tia-mãe. Viajando muito aproveitando a aposentadoria forçada. Papai não queria me entregar o controle das empresas agora. Mas mamãe o obrigou. Disse pra ele que não queria esperar ficar mais velha pra curtir a vida. No fim ele concordou. Mas não foi fácil pra ele fazer isso.


Ela ainda não tinha dito o motivo da sua visita repentina nesse domingo. Poderia ser só saudades mesmo, mais não era só saudades. Ela precisava de ajuda. E deixaria isso bem claro a seguir.


- estou aqui porque preciso da sua ajuda tio, estou com problemas nas empresas. Meu pessoal não tem conseguido se adaptar as tecnologias e programas de orçamentos de ultima geração que implantei nos hospitais – Marcela veio ate nós com um pedido de socorro. Ela tem muitos profissionais capacitados ao seu dispor, que poderiam facilmente ajudá-la, mas ela preferiu recorrer á segurança da nossa família nesse momento.


- você aprendeu muita coisa com seu pai Marcela – papai diz.


- sim tio-pai. Tudo que sei hoje eu prendi com ele, mas eram outros tempos. Quero elevar o nível dos hospitais que administramos. Já fiz a compra dos equipamentos e tenho profissionais capacitados para manusear. Mas a parte de valores dos serviços é bastante complexa, preciso da ajuda de vocês nesse momento.


- te considero como uma filha minha querida sobrinha, jamais recusaria um pedido seu – meu pai responde.


- o senhor sabe que um orçamento errado pode ter como conseqüência a perda de milhões nos nossos cofres. E isso chamaria a atenção do meu pai, já que ele ainda tem acesso a tudo nas empresas. Não posso deixar papai e mamãe a par dessa situação em me encontro, pelo menos por enquanto – marcela diz preocupada.


- pode deixar, eles não saberão – mamãe volta a conversa e meu irmão só observa desde o começo do almoço ele só come e bebe e presta atenção no que falamos.


- não quero acreditar que o que fiz foi errado. A modernidade está a nossa porta, preciso mudar algumas coisas pra que o nosso nível de crescimento aumente.


- vamos te ajudar marcela. Mas você terá que ter disponibilidade pra aprender conosco, não podemos parar com a nossa administração pra te ajudar em tempo integral nas suas empresas.

Nosso seguimento é outro, mas você pode nos acompanhar nas reuniões estratégicas e orçamentárias. E o João te apresenta os programas de desenvolvimento – digo olhando para ela e nessa hora o João me olha. Ele praticamente ama o que faz nas empresas nessa parte de programação orçamentária e tenho certeza que ele vai gostar muito da companhia da prima.


- chega de trabalho na mesa. Vocês continuam depois. Agora é hora de conversar sobre o que mais amamos fazer que é ficar juntinhos e misturados nesse almoço de domingo – minha mãe nos corta – como é bom te ver aqui minha querida. Senti muito a sua falta.

Você cresceu e esqueceu de nós minha mãe reclama.


- tia-mãe, não fale assim, tenho tido muito trabalho.

Um desconhecido mudou a minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora