Cheguei no hospital vendo várias pessoas ali. Olhei para o Silva que me olhou e apontou com a cabeça para o balcão. Andei até lá e encarei para a moça que ergueu o olhar.
- Boa noite, como posso lhe ajudar?- Ela olhou para o Silva que me olhou.
Anna: Quero saber em que quarto está o paciente Filipe Ret morais.- Falei calma, mas por dentro estou surtando.
- Só um minutinho... O que são do paciente?- Ela começou a mexer no computador e eu olhei para trás vendo algumas pessoas encaram a gente.
Anna: Eu....
Silva: Relaxa... Deixa esse povo de lado.- Concordei voltando a olhar para a mulher de cabelos pretos. - Sou primo e ela é a esposa.
- Ele está no vigésimo segundo andar, porta vinte e cinco. Preciso que vocês assinem aqui. - Entrou duas folhas e assinamos.
Depois ela deu duas pulseiras e fomos para o elevando.
(...)
Silva: Tá preparada?- Respirei fundo e olhei para o Silva que me olhava com um olhar de pena.
Anna: Sempre estive....- Ele concordou colocando a mão na maçaneta e abrindo a porta.
Meu coração começou a bater forte, a vontade de chorar veio quando eu coloquei o pé para dentro e ouvi o barulho dos aparelhos. Filipe está deitado na cama com os olhos fechados, com vários fios que cobrem seu corpo. Às lágrimas começaram a cair descontroladamente e eu coloquei a mão na boca tampando ainda em choque com a cena que está a minha frente.
Isso não pode está acontecendo... Não é o Filipe... Não pode ser ele!
Me virei para trás sentindo os braços do Silva ao redor do meu corpo.
Que a esperança seja meu maior remédio para esse momento difícil, porque não sei ser irei aguentar por muito tempo...
Silva: Vamos sair, Anna...- Neguei saindo dos braços dele limpando meu rosto.
Anna: Eu preciso disso... Preciso ver ele...- Ele ficou me olhando.
Me virei para frente novamente e comecei a andar até a cama, meus dedos começou a passear sobre a cama. Meu olhar passeava pelo seu corpo e levantei meu olhar até seu rosto vendo todo machucado.
Anna: Amor...- Levei minha mão até sua bochecha e sorri sem ânimo. - Isso de novo não, cara...
Senti minha cabeça doer e me inclinei deixando um beijo em seu lábio que estava roxo ao redor.
Anna: Qualé, filipe... Acorda aí vai, cara. Theo está enchendo meu saco perguntando sobre você. Eu nem tomei banho, acorda e vamos para casa, por favor...- Olhei para sua barriga, percebendo que ela subia e desci devagar. Mordi o lábio tentando segurar às lágrimas que teimava a descer. - Filipe...
Às lágrimas caindo e eu só queria o colo dele para me consolar, encosta minha cabeça e fingir que nada disso está acontecendo.
Sério, estava tudo indo tão bem e tudo desmorona em menos de um dia.
Está acontecendo novamente e eu não sei se eu vou aguentar! Está tudo tão pesado e só de saber que eu posso perder ele de verdade, está me dando tanto medo.
Eu sou torcendo para que ele levante e acorde me perguntando porque tô chorando, ou dizendo que eu fico feia assim.
Anna: Você me prometeu que iria voltar e que iríamos viver em paz... Sem armas... Mortes... Tiros... Guerras... E porque você está deitando aí nessa cama?! Você tinha me prometido que eu não iria mais sofre! Que eu e seus filhos voltaremos a viver juntos e felizes! Tão trate de levantar dessa cama e fazer o que você falou!
O aparelho começou apitar e eu me assustei dando um passo para trás sentindo minha mão trisca na sua.
A porta do quarto foi aberta e o grito do Arthur coou pelo meu ouvindo.
Estava tudo passando em câmera lenta, vários médicos entrando e eu sem entender nada só chorando.
Anna: Me solta! - Gritei sentindo uma mulher me segura mandando eu sair. - Deixa eu fica! Pelo amor de Deus!
Senti a mão do Silva me puxando para fora do quarto e a porta sendo fechada.
Olhei pela janela vendo ele tentarem reanimar o Filipe.
Silva segurou meu pulso me puxando e eu comecei a me debater e a gritar mandando ele me solta.
Anna: Me solta, por favor, Arthur!- Gritei vendo ele entrar no elevador comigo e eu chora mais ainda.
Deus, não tire ele de mim, por favor... Ainda tem muitas coisas que eu preciso viver com o cara que eu amo....
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Se tudo é uma ilusão, Eu vivi como eu quis,Se tudo é uma ilusão, Eu vivi como eu quis...