capítulo 5

3K 194 8
                                    

Anna Estrella 🫀

Márcia: Você tem certeza, Anna?- Me olhou e eu concordei.

Anna: Olha Márcia, eu tô tentando  não me deixar levar com tudo isso... Mas está sendo difícil demais, eu preciso de algo para me distrair.

Márcia: Isso é tudo recente, Anna! Você precisa do seu tempo...

Anna: Esse é meu tempo, Márcia!

Márcia: Trabalhando? Você acabou de perde seu marido... E já que trabalha?

Sentei na cadeira suspirando e ela puxou a cadeira sentando na minha frente.

Márcia: Todos aqui estamos respeitando seu momento, Anna... Com certeza isso está sendo difícil para você e sua família. Eu conheci o Ret, e eu sei que ele mesmo no crime era um homem bom. Porém, você quer voltar a trabalhar quase em mês depois de tudo que aconteceu é estranho.

Anna: Por que estranho?

Márcia: Maioria das pessoas não reagem à morte de uma pessoa que ama do jeito que você está reagindo Estou até supresa.

Ela me encarou e eu desviei o olhar.

Márcia: Você tá fugindo... Tá tentando fugir de tudo que tá acontecendo. Da realidade...

Encarei ela que sorriu fraco.

Anna: Deixa eu voltar a trabalhar...- Implorei e ela passou a mãos em seu cabelo.

Márcia: Amanhã. - Falou se levantado e eu sorri - Espero que não faça eu me arrepender...

Ela ama abraçou e eu retribuir.

Anna: Obrigada, Márcia!- Sai da loja e vi o carro o Jão.

Jão: Vamos a onde agora?- Encarei ele e dei de ombros.

Anna: Uma lanchonete... Preciso comer.

Ele concordou e saímos.

(...)

Theo: Mãe! - Ele veio pulando em mim e eu o abracei.

Anna: Oi filho...- beijei sua testa.

Theo: Olha. - Me mostrou uma folha com um desenho.

Sorri vendo o Ret ali e meus olhos encheram..

Theo é bom no desenho, e ver que ele fez um desenho do pai sorrido, idêntico...

Theo: Eu sinto falta dele, mãe...- Puxei ele para um abraço - Por que ele teve que ir...?

Anna: Eu não sei... Eu não faço ideia...

Uma lágrima caiu e eu fechei os olhos.

Theo: Papai disse para eu nunca chora... Só que é difícil mãe...- Apertei ele nos meu braços.

Eu sei, Theo...

Sophia: Theo! - Ele soltou de mim.  - Vem, vamos brincar.

Theo saiu correndo e eu fiquei olhando o chão sentindo todo o cansaço.

Th: Não vai levantar? - Olhei ele que tava com os bravos cruzandos me olhando.

Me levantei e peguei minha bolsa.

Th: Onde tu tava?

Anna: Na loja.

Th: Vai volta a trabalhar?

Anna: Amanhã.

Ele me encarou e eu passei indo para a cozinha.

Th: Tu tem certeza que vai fazer isso? - Encarei ele que me olhava.

Anna: Por que não teria?

Th: Por que o Ret morreu a menos de um mês!- Ouvi o "Ret morreu" fez meu estômago revira.

Minha ficha ainda não caiu.

Ainda tenho esperança que ele vai passar por aquela porta dizendo que foi tudo brincadeira.

Anna: Eu sei disso, Thiago!

Th: Então por que caralhos você tá vivendo sua vida normalmente como ser nada tivesse acontecido!? Como ser o Ret não fosse nada demais?!

Anna: você tá maluco, porra!? Eu não tô vivendo a minha vida normalmente como se nada estivesse acontecido! Meu marido morreu! Morreu, Thiago! Eu tô sentindo essa dor, só eu sei como ela é! Então não vem dizer que no seu ponto de vista, para mim o Ret não foi nada demais! Sabe por que? Por que só eu sei a dor que eu tô sentindo. Não é por que eu não demonstro que tô sofrendo que a morte da pessoa que eu mais amo pra mim tá sendo o tanto faz!

Meu celular tocou e eu abri a bolsa pegando é vendo um número desconhecido.

Atendi.

Anna: Alô.

O silêncio reinou sobre a ligação.

Anna: Alô?- ninguém respondeu- Quem é?

Já tava me estressando.

Olhei para a tela vendo que a chamada ainda continuava.

Anna: Quem é?- Só escutei uma voz grossa e meu coração acelerou. - Re... Alô! Quem é?! Puta que pariu!

A chamada foi encerrada e o Thiago me encarava ainda.

Th: Quem era?

Anna: Eu não sei... Eu só escutei uma voz grossa dizendo que o tempo tinha acabado...

Th: Deve ser os moleque fazendo brincadeira.

Anna: É pode ser...- Fiquei pensativa no meu canto e aquela voz parecia famíliar.

------------------------------------------------------------------

Recomeço - Segunda Temporada.Onde histórias criam vida. Descubra agora