capítulo 4

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Victor:

Esperei tanto por esse momento, que está dando tudo certo. Ter visto o Ret levando sendo morto foi a melhor coisa que poderíamos ver. Mas por outro lado, ter visto a Anna levando um tiro na barriga me subiu um ódio enorme. Não estava nos planos ela levar um tiro!

Victor: Eu disse pra vocês só matarem o Ret! E não atirarem na garota, porra! - Falei puto olhando para os vermes.

Gorge: Olha seu Victor... Fizemos o que foi pedido, agradecemos por ter nos ajudado a pegar o Ret, mas...- passou a mão sobre a mesa - É melhor para você ir ser virando e metendo o pé daqui, por que agora em diante, eu decido as coisas por aqui, saco? Inclusive, a garota está no hospital, sem risco nem um. Ainda estou fazendo um favor de não prender ela.

Encarei ele puto e respirei fundo. Sair batendo a porta e meti o pé dali antes que eu perdesse o controle. Esses últimos anos tudo foi planejado.

Eles achar que eu estava morto me ajudou bastante. Mas não eu era eu naquele carro, não sou tão burro assim!

Me escondi bem longe daqui, me juntei com esses vermes e coloquei meu plano em ação. Eles queriam o Ret, e eu a Anna. Pronto!

Sabia de tudo! Onde o Ret ia, onde deixava de ir. Até os motivos de algo besta eu estava ciente. Era patético o quanto a pessoa que estava ao seu lado estava o entregando fácil sem pensa duas vezes. Pobre Ret...

Estacionei o carro.

Silva: Demorou em...- Ele tragou o baseado e eu revirei os olhos. - Anna está bem, nada grave...

Respirei aliviado.

Logo, logo ela será minha. Demorou, mas está chegando! Vamos embora daqui e vive feliz. Ela ainda vai entender que é minha, que sempre será e ninguém, ninguém irá tira ela de mim novamente!

Victor: E como às coisas está pelo morro? - Perguntei olhando o relógio vendo que completava vinte quatro horas de tudo que aconteceu.

Silva: Todos já sabem que o Ret morreu e a Anna está no hospital. Paiva e Th estão surtando e deixaram o morro sob meu comando por enquanto. - Sorriu.

Sorri e encostei no carro.

Silva: Quando a próxima parte do plano?

Victor: Logo, logo... Quando a Anna sai do hospital colocamos em ação. Primeiro o Paiva, depois o Thiago.

Silva: Ou pode ser os dois de uma vez..- ele sorriu e eu neguei.

Victor: Quando um for o outro irá também....

Silva: Já estão me acionado. Vou nessa, cuidado aí, pô. - Fez toque e subiu na moto.

Saiu voando e eu sorri.

Otário!

Entrei no carro e sai metendo o pé.

Deixa a poeira baixa um pouco e todos ser ajeitarem.

Anna Estrella 🫀

Terminei de ajeitar as coisas e fui fazer o almoço. Minha recuperação está boa, ainda sinto uma dorzinha na barriga, mas nada que dificulte às coisas.

Estou lidando de uma forma diferente com a morte do Filipe, mas não está sendo nada fácil. Estou tentando do fundo do meu coração, papo reto. Estou tentando não demonstrar minha dor a ninguém. Sempre que entro no quarto, meu mundo desmoronar. E tudo que eu estava suportando lá fora me consome aqui dentro.

Fabi: Cheguei! - Encarei a porta da sala sendo fechada e a Fabiana toda sorridente.

Anna: Achei que não iria vim hoje.

Fabi: Não ia, mas a senhora sabe, né...- Concordei.

Anna: Ela está lá em cima...

Ela beijou minha testa e subiu correndo. Só escutei a porta sendo aberta e logo fechada. Voltei para a cozinha pra terminar de fazer o almoço.

Fiz um bife acebolado, arroz com feijão e uma saladinha que não pode faltar. Percebi que não tem nada para beber e fiz careta, sair da cozinha atrás da minha carteira. Abri a porta de casa e encarei a rua que passava algumas pessoas. Alguns até me olharam.

Anna: Você consegue, Anna...- Falei pra mim mesma e fechei a porta descendo os dois degrau chegando na calçada. Os vapores me olharam e eu sorri os cumprimentados.

- Vou contigo, patroa! - Um deles correu na minha direção enquanto eu comecei a descer a rua.

Anna: Não precisa. Vou aqui na rua de baixo, pô. - Falei para ele que negou - Ordens...

Ele sorriu concordando e descemos o morro desviando por alguns becos. Algumas pessoas eu cumprimentava, outras fazia nem questão, sei o que falam de mim pelas costas. Todos me olhavam, alguns paravam para me abraçar e deseja força.

Agradeço por isso, mas não estou nem um pouco confortável.

Entrei no mercado e peguei uma coca-cola. Passei no caixa, o silêncio que reinou no mercado é bem engraçado.

- Cartão ou dinheiro? - A moça de cabelos ruivo perguntou.

Anna: Dinheiro.

- Deve ser o dinheiro do Ret...- Escutei alguém falar e fechei os olhos. Paciência, Anna...

Anna: Obrigada...- Falei pegando a coca e o carinha que veio comigo, me olhava e logo desviou o olhar pras garotas que soltou a grande sem noção.

- É interesseira ela sim! Querendo ser fazer de coitadinha, porém só tava com ele por dinheiro. Nunca o amor de verdade! - Parei de anda e olhei para trás vendo o grupinho de meninas. Me estressei?

Voltei e parei na frente delas que me olharam.

Anna: Quem foi? - Perguntei olhando para todas. - Quem falou, porra!?

Gritei e duas apontaram para a garota moreninha dos cabelos lisos pretos.

Anna: Manda desce e raspa o cabelo
- Ela abriu maior olhão. - E não! Eu não tava com ele por interesse escutou, mina? Tava com ele por amor! Amor! Sabe o que isso? O problema de vocês é acharem que só vocês sabem amar nessa buceta! Isso tudo é por que não deu tempo de tu ir nele ou o que? Coloquem na cabeça de vocês que eu o amo e sempre vou amar é nada vai mudar isso, tá escutando!? - Elas concordaram e saíram.

A morena foi junto, mas logo o menor esbarrou nela que me olhou desesperada.

Anna: Deixa ela ir...- Sussurrei para ele que deixou ela vaza e logo subimos pra casa.

- Aí patroa... - Olhei para ele. - Da próxima vez, mão libera não. Tu que manda, pô. Erradão falarem mal de tu e do patrão.

Concordei.

Recomeço - Segunda Temporada.Onde histórias criam vida. Descubra agora