26_ Quarto do Mason.

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Ta, ele estava de lado e de braços cruzados, e eu o abracei de uma forma que ele não pudesse retribuir, já que segurei seus braços da forma que estavam. Quando percebi o que estava fazendo, me afastei dele parando ao seu lado e fingindo demência.

Um silêncio nos cercou por um tempo até ele perguntar:

ㅡ E quais filmes vai querer assistir? ㅡ Voltei a olha-lo.

ㅡ Bem, eu não sei ainda. Mas, o primeiro tem que ser Esqueceram de mim. É como uma tradição para mim assistir esse filme no Natal. ㅡ Expliquei. É claro que eu assistia na sala de televisão do orfanato, junto com as demais crianças, o que significa que eu mal podia escutar o filme, já que crianças não ficam caladas um segundo.

ㅡ Tudo bem. ㅡ Ele sorriu para mim.

ㅡ Com licença? ㅡ Uma voz masculina nos fez olhar para frente, onde um rapaz que eu não conhecia estava parado na calçada com uma câmera profissional pendurada no pescoço.

ㅡ Posso ajudar? ㅡ Mason perguntou.

ㅡ É que eu sou fotógrafo. ㅡ O rapaz começou a explicar. ㅡ Estava fotografando o Brooklyn enfeitado para o Natal quando vi vocês. Espero que não tenha problemas, mas acabei tirando umas fotos de vocês dois. ㅡ O rapaz subiu as escadas e parou perto da gente. Meio sem jeito, virou a câmera para nós mostrando umas fotos. ㅡ Não sou tão profissional...

Seu comentário foi bem modesto, pois as fotos ficaram incríveis! Me acheguei um pouco mais perto para olhar.

Nas fotos estávamos eu e Mason. Na primeira, eu o encarava com um sorriso tímido enquanto ele tinha os braços cruzados e um sorriso para mim.

Na segunda, eu segurava seus braços, já que o estava balançando, e tinha uma careta de cachorro sem dono. Ele estava rindo.

Na terceira, eu o tinha abraçado. Meus olhos estavam fechados enquanto eu sorria. Mason já tinha uma sobrancelha arqueada, e... Parecia rir.

Aquelas fotos ficaram tão lindas, ainda mais com os enfeites de natal na porta atrás da gente.

ㅡ Meu Deus, eu amei muito! ㅡ Sorri para o rapaz que abriu um sorriso surpreso com meu comentário. ㅡ Você é um ótimo fotógrafo!

ㅡ Os modelos ajudaram. Vocês tem uma química muito boa. ㅡ Engoli em seco sentindo a timidez me tomar. Não demorou para que meu rosto começasse a queimar também. ㅡ Se quiserem, posso tirar outras.

Olhei para Mason que me encarou no mesmo segundo.

ㅡ O que acha? ㅡ Perguntei.

ㅡ Eu não sou muito fotogênico, Arizona.

ㅡ Como não? Você se viu naquelas fotos?? ㅡ O questionei. ㅡ Digo... Se não quiser, eu entendo. ㅡ Dei um passo para trás.

Mason pareceu pensar por uns segundos, mas logo bufou.

ㅡ Ok. ㅡ Concordou, o que me fez abrir um sorriso.

ㅡ Tudo bem, só tentem ficar espontâneos. ㅡ O fotógrafo desceu os degraus da escada e parou na calçada posicionando a câmera na frente do rosto. No início eu estava me divertindo muito. Mason era um desastre para tirar fotos. Era lindo, mas certamente não serviria para ser modelo. Acho que escolheu a profissão certa. Estava tudo indo bem até o rapaz pedir: ㅡ Ok, que tal uma foto de um beijo?

Meus olhos se arregalaram na hora. Senti meu rosto queimar novamente quando encontrei os olhos de Mason.

ㅡ Nós... ㅡ Me virei devagar na direção do rapaz. ㅡ Não somos um casal.

Sobrevivendo ao meu Clichê IOnde histórias criam vida. Descubra agora