56_ Você é o amor, para mim.

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Depois do dia em que quase fui sequestrada e tivemos que sair as pressas de Nova Iorque, não pensei que voltaríamos para lá tão cedo. Estar novamente na cidade de Nova Iorque me fazia sentir uma sensação muito boa, uma sensação de lar. Em pouquíssimo tempo eu havia me apaixonado por aquela cidade e agora não consigo vê-la de outra forma, a não ser como meu lar. O lugar onde eu queria estar, ficar, criar raízes, viver.

Enquanto Mason dirigia, eu apenas admirava a cidade, como se fosse a primeira vez que eu a visitava. Admirei os altos prédios, os pedestres, as grandes lojas e todos os enfeites de Natal. Acho que aquela foi a primeira vez que vi a cidade tão vazia, afinal, era manhã de Natal. As pessoas deviam estar em suas casas abrindo presentes e confraternizando em família.

Ainda haviam poucas pessoas andando pelas ruas. As que caminhavam, desejam feliz natal a todos que viam. Não haviam lojas abertas nem nada do tipo, mas suas vitrines estavam acesas com piscas piscas e luzes brilhantes.

Nunca pensei que amaria tanto o clima do natal.

Quando chegamos no Brooklyn, ri ao perceber que nossos piscas-piscas haviam ficado acesos desde a noite de terça-feira. Desperdício imenso de luz, óbvio, mas pelo menos o apartamento não ficou apagado durante as noites que não estivemos aqui.

ㅡ Você parece bem. ㅡ Mason concluiu ao olhar para mim. Eu sabia que estava bem, na verdade, estava muito bem. O caos que me obrigou a sair de Nova Iorque me fez passar por momentos importantes de aprendizado. E me sentia muito grata por ter aprendido.

ㅡ Eu me sinto bem. ㅡ Sorri. Mason me abriu um sorriso tão sincero que novamente me senti grata. Nunca na minha vida eu havia imaginado que um dia conheceria alguém como ele. Alguém que mudou toda a sua rotina por mim, que fugiu comigo, que me protegeu, que sente amor por mim. Eu conseguia ver o amor nos olhos de Mason quando ele os direcionava a mim, e isso me fazia um bem que ele nem imaginava. ㅡ E você? Como se sente?

ㅡ Sinto que a vida tem sido muito boa comigo. ㅡ Ele encarou o volante de seu carro e abriu um sorriso sem jeito. ㅡ Sinto isso toda vez que paro para pensar que você veio de tão longe até acabar no meu caminho. Sinto que... Você é mais do que eu mereço. Que você é mais do que qualquer coisa que eu pudesse pedir.

E novamente vi o amor em seus olhos, em sua voz, em suas expressões. Mason era o amor, para mim.

ㅡ Você é o amor que eu sonhei em ter. ㅡ Minhas palavras fizeram os olhos dele me encararem com surpresa. Como se o que eu disse lhe tivesse tocado ao coração, assim como o que ele disse havia tocado o meu. ㅡ Em resposta ao que você disse ontem: Eu também te amo, Mason. Você é o amor, para mim.

Ele me sorriu. Quando dei por mim, estávamos nos beijando. Um beijo com sentimento, com emoção, com carinho, com amor.

Ao sairmos do carro, atravessamos a rua e subimos as escadas que davam para a porta de seu edifício. Quando entramos, a primeira coisa que notei foi uma cadeira ao lado da porta, encostada na parede. Nela tinha uma cesta com vários saquinhos de papel. Dentro de cada um tinha três biscoitos natalinos de formatos diferentes, como Pinheiro, boneco de neve, estrela e bengalas doces. Também tinha uma placa de papel em cima escrito:

" Feliz Natal! Fiz esses biscoitos para comemorar o natal, mas moro sozinha e acabei fazendo demais. Podem pegar quantos quiser.
Ass: Amelka "

Sorri após ler e me perguntei como ela estava. Não falei com ela, nem com mais ninguém na verdade, desde aquela noite.

ㅡ Passa no apartamento dela. ㅡ Olhei para Mason que já estava comendo um biscoito. Eu nem havia notado que ele tinha pego um. ㅡ Acho que ela merece ter notícias suas.

Sobrevivendo ao meu Clichê IOnde histórias criam vida. Descubra agora