Um dos momentos mais dolorosamente lindos da vida de um pai, é quando ele leva sua garotinha pra ser dada em casamento.
Para nós pais, os filhos continuam sendo sempre crianças... ainda que essa criança seja capaz de matar usando apenas as mãos, ou os saltos. Filhos nunca crescem.
Eu tentei manipular meus filhos, arranjando pretendentes diversas vezes pra que eles se casassem com aqueles que fossem melhores para a família, afinal, alianças em nosso meio são corriqueiras e importantíssimas.
Fico feliz que todos eles, sem exceções, foram turrões demais e me confrontaram, casando-se por amor, pois se nossa vida já é difícil estando com quem amamos, estar com alguém com quem não temos afinidades pode ser muito pior.
O que me deixa tranquilo, nesse momento, era saber que tanto Francesco quanto Pietra estavam nessa cerimonia porque queriam.
Assisti Francesco e Lorenzo entrarem acompanhados por Helena e Ethan, também não perdi o momento em que Donnatella e Mia adentraram lindas, em seus vestidos festivos. Depois foi minha vez de acompanhar Pietra, na pequena nave da igreja.
Decidimos por uma cerimônia simples e rápida, sem muitas coisas e pulando as etapas desnecessárias, afinal eles só precisavam assinar o livro.
Havia muito inimigos ali presentes, fizemos questão de convidar todos os chefes e suas esposas...
Esteban Gonzales do Cartel Mexicano, Shin Sato da Máfia japonesa, Liam O'Brien da máfia Irlandesa, Tano Azikiwe da máfia Africana, Afonso Marques da máfia Portuguesa, Stepan Zorkin, Mikail Federov, o novo capo da máfia russa que ficou no lugar de Petrov.
Havia ali representantes chineses, americanos, ingleses, espanhóis e outros.
Estávamos em meio a cobras e sabíamos disso. Assim como eles sabiam que, ninguém poderia confiar em ninguém.
Mas estávamos também tentando iniciar um novo momento entre as máfias presentes, se não fosse possível formar alianças, queríamos que todos respeitassem os acordos. Acima de tudo, queríamos lembrar da demarcação do nosso território, uma vez que o nome Basile ficou abalado depois da invasão do complexo. Embora isso não fosse um grande problema pois já estávamos consolidando nosso nome novamente, só que agora com mais força e eles precisavam reconhecer isso.
Tomamos o cuidado de deixar cada líder, com dois de seus homens armados.
Não podíamos desarmar ninguém, mas limitamos o poder bélico de todos eles e quadriplicamos o nosso.
Permitimos a eles somente revolveres já carregados. Armas ditas brancas, não eram permitidas, pra mim elas sempre foram as mais mortais.
Cada líder só poderia entrar na vinícola se estivesse devidamente acompanhado de sua esposa oficial, crianças não foram permitidas.
Deixamos claro a todos, de que se tratava de um evento de família, de um convite para apaziguar os ânimos e reestabelecer a confiança, mas claro que eles vieram preparados pois, nunca se baixa a guarda na máfia.
Precisávamos desses homens juntos, desse evento para deixar claro que, não pretendíamos nos meter com ninguém, nem nos negócios de ninguém, mas que invasão de nosso território não seria tolerado.
Cada família foi convidada como forma de respeito e para mandar o nosso recado, que todos veriam em breve, nas mãos da menina Luna.
A cerimônia em si foi finalizada e pediram que entrassem com as alianças e meu rosto ficou novamente vermelho de orgulho quando vi a menina Luna entrar e a porta ser fechada em suas costas.
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Mulheres Poderosas IV - Luna
RomanceEla tem um jeito doce e descontraído, está sempre com um sorriso no rosto, mas carrega marcas em seu coração. Luna viveu uma vida de aparência. Mostrava uma felicidade irreal aos seus irmãos enquanto era obrigada a conviver com monstros... O peso d...