Mulheres Poderosas IV - Luna

Capítulo 30 - Enrico

Eu tinha planejado passar fora apenas uma semana, mas tivemos boas surpresas com nossos novos aliados, e o que era apenas uma semana, acabou virando duas.

Nesse meio tempo, Luna passou a me procurar. Nas duas primeiras noites foram mensagens simples, que se tornaram ligações e depois chamadas de vídeo.

Falávamos de tudo um pouco, riamos como dois bobos, tínhamos assuntos infindos. Ela era inteligente e perspicaz, me dava sugestões e me ensinava um novo jeito de olhar para a coisa toda. Sabia ouvir e parecia se sentir cada dia mais à vontade comigo.

Nossas conversas passaram de amenas, para além de picantes. Ela me disse que estávamos em fase de teste e me pediu ajuda numa nova coisa, que pra ela seria como uma espécie de missão.

Claro que eu, como bobo e encantado com essa nova fase dela, me propus a ajudar. E qual não foi minha surpresa, quando ela disse que queria ter uma conversa mais quente, mais safada comigo, pra ver se eu poderia fazê-la gozar por telefone.

Missão dada, missão comprida.

Deus aquela mulher ainda me mataria, a partir desse dia, conto as horas pra chegar à noite na esperança dela me ligar, já que, seguindo as instruções de Helena... eu posso atender, mas nunca ligar. O bom disso é que, ela sempre liga.

Mas hoje, finalmente eu estava indo embora, iria pra casa.

E ao mesmo tempo que isso me deixava feliz, também me deixava tenso, cheio de preocupações.

Nós falávamos de muitas coisas, fazíamos sexo por telefone de um jeito delicioso e cada vez mais apimentado, mas nunca, em momento nenhum, falamos ou decidimos nossa situação. E por mais que eu amasse Luna, e sim eu a amava, essa situação toda estava me matando, me definhando, me tirando o sono e o sossego.

Agora olhando nosso novo empreendimento finalizado, pensava em como tínhamos conseguido terminar a tempo, mesmo eu estando com a cabeça tão ferrada.

Estávamos a pouco mais de um mês do lançamento do "

A junção dos chips, deu a nossa tecnologia o upgrade que faltava nos maquinários, sementes e plantios reformulando e inovando todo o conceito que já tínhamos no campo.

Esse era um empreendimento cem por cento legal.

Cem por cento não pois com certeza isso nunca ocorreria na máfia, talvez noventa por cento legal. Enfim... esse era um dos projetos mais incríveis no qual estive envolvido.

A manipulação da matéria numa escala atómica e molecular é algo totalmente explorável com imensas possibilidades e probabilidades. Entretanto a nível de campo, agricultura e seus derivados, o mundo ainda estava caminhando e nós com certeza estávamos alguns passos na frente.

Ainda assim, o dinheiro gasto nesse empreendimento nos levaria a falência, se Ethan e Francesco não investissem no marketing certo.

Não foi à toa que entramos em guerra por causa dos pequenos chips.

Nossos biotécnicos foram geniais e fizeram um trabalho incrível. Claro que deixamos que escolhessem tudo de ponta e os recompensamos muito bem e agora estávamos colhendo os frutos.

Apesar de cansado, eu estava extremamente feliz com nossos resultados.

Francesco permitiu que Diego, Lorenzo e eu tomássemos a frente desse projeto.

Os rapazes se juntaram a mim no início dessa semana. Francesco também nos deu carta branca para tomarmos as decisões que quiséssemos.

Diego era formado em Publicidade, eu em Administração, Lorenzo era formado em manipulação. Ele tinha a lábia e a paciência que nos faltava, trazendo novos parceiros pra possíveis contratos e investidores.