Capítulo 61 - Ethan

15 5 0
                                    

Dara e Donna estavam tentando desativar a bomba.

Tínhamos conseguido tirá-la do corpo de Dara, mas não conseguimos desarmá-la.

Depois de filmá-la detalhadamente, Donna mandou os detalhes para mim.

Descobrimos que primeiro a bomba dispararia com limite de alcance.

Havia três dispositivos nela e cada vez que elas saíssem com a bomba de um determinado alcance, um se ligava.

Descobrimos isso da pior forma possível pois tentamos levá-la para fora da sala e a primeira luz verde se acendeu.

As meninas então, se sentaram na sala de estar à espera de que eu, descobrisse como desativá-la ou que Luigi abrisse a porta onde Luna estava trancada com Javier e tirássemos ela de lá.

Qualquer uma dessas situações serviria para nós, naquela situação.

Estou pesquisando online um dispositivo similar a bomba, quando Luigi aparece sorrindo de orelha a orelha dizendo que, agora iriamos conseguir abrir a porra da porta.

Deixo a pesquisa de lado e vou ajudá-lo a abrir a tal porta.

A fechadura possui além de travas com padrão de cofre, um conjunto de códigos senhas. Luigi passou pelas duas fechaduras da porta de cofre, agora eu vou em busca do código das senhas.

Rapidamente coloco um aparelho de codificação e deixo rodar em busca da combinação certa.

Enquanto Luigi, repassa para as meninas as novidades e pede que elas se prepararem pois falta pouco, um número desconhecido, toca no meu aparelho.

Desconfio, pois, somente nós do complexo temos esse número privativo e no mesmo instante me coloco em alerta máximo.

Atendo o telefone, mas não falo nada, espero o outro lado se identificar.

_ Ethan...

_ Lu... meu deus... você está bem? De quem é esse número? – Penso em fazer milhares de perguntas, mas o importante é ouvir sua voz.

Luigi, que acaba de desligar o telefone, fica atento a mim, então ponho no viva-voz.

_ Ei... calma, eu estou bem. Tenho algo pra te mostrar. – Então ela manda para o meu número a cabeça de Javier, na pia de um banheiro se olhando no espelho.

_ Lu... você conseguiu. Você o matou.

_ Sim. Eu disse que eu faria.

Ficamos num momento de silencio. Apesar de ela tê-lo matado, não parecia estar exultante de felicidade realmente.

_ Lu. Sua voz parece triste, você está bem? Está ferida? Machucada? Lu... aguenta mais uns minutinhos, só faltam dois números da senha. Em breve vamos tirá-la daí. Aguenta firme.

_ Me fala. As meninas estão bem. A Dara, você conseguiu tirar a bomba da Dara.

_ Sim Lu. Estão todas bem e concentradas em tirar você daí. Algumas feridas de batalha, mas nada sério.

_ Entendo. Preciso que me faça um favor.

_ Claro Lu... quando chegar aqui, serei seu escravo por um mês.

_ Não Ethan. Preciso de um favor agora.

_ Tudo bem Lu. É só falar.

_ Você ainda tem algum drone, ou robô no carro que trouxeram as meninas aqui?

_ Temos um carrinho de controle, serve?

_ Vai servir. Presta atenção. Quero que tire as meninas da casa, leve elas de volta ao complexo. Precisa ser agora. Encontrei no celular do Javier um detonador para duas bombas, elas estão interligadas, ele vai explodir de qualquer forma em 30 minutos. O impacto da explosão parece ser bem grande, então quanto mais longe elas estiverem, melhor.

_ Lu... eu vou dar um jeito, já vamos abrir a porta.

_ Ethan... você não entendeu, meu irmão. Preciso que pare a decodificação da senha agora. A abertura da porta, detona a bomba. Se a porta se abrir, a duas bombas explodem. Em 30 minutos as duas bombas explodem. Se tentar desativar uma, ambas explodem. Em resumo, haverá uma explosão e não há nada que possamos fazer. Por isso não saí daqui ainda.

_ Mas ... como assim...

_ Deixe o carrinho preparado e tire elas daqui. Quando elas estiverem a salvo, você leva a outra bomba o mais longe que conseguir com o carrinho e talvez eu tenha uma chance..., mas terá que ser rápido Ethan. Em 28 minutos e 37 segundos, a explosão acontecerá de qualquer forma.

_ Lu...

_ Só faz isso. E se puder, depois, fica comigo. Eu sei que estou pedindo muito, mas as melhores lembranças que tenho, são do som da sua voz, me contando histórias e me fazendo dormir.

_ Lu... – minha voz embargou e eu não sabia o que dizer ou fazer. Mais uma vez, minha irmãzinha precisava de mim e eu não tinha condições de ajudá-la.

_ Está tudo bem Ethan. Vai ficar tudo bem. Depois que elas estiverem longe, se conseguir me liga.

A linha caiu. E eu fiquei sem ação. Luigi tomou as rédeas da situação.

_ Ei. Presta atenção. Ela tem uma chance, se fizermos do jeito certo. Eu vou colocar as meninas pra fora e você vai descobrir quais materiais ela tem ali com os quais ela pode se proteger. Ela está na porra de um forte, a probabilidade de ela sair bem e viva dali são enormes e nós vamos tirá-la de lá.

Ouço Luigi coordenando a saída das meninas da fazenda, mesmo contra a vontade delas. Depois de armarem o carrinho pra mim, rapidamente elas deixam a fazenda. Mia e Fanny no Corvette. Donna, Pietra e Dara na SUV.

A ordem era para que elas pegassem o avião e viessem para o complexo, mas Donna calcula o impacto e se afasta somente o necessário pra não sofrer com ele.

Eu volto a me concentrar e ligo para Mia e deixo nas mãos dela avisar ou não Francesco, sobre o que está acontecendo.

Luigi acha melhor não dizermos nada a Dom Fernan, ele saiu daqui minutos antes e Luigi havia avisado a ele sobre estarmos quase conseguindo abrir a porta cofre.

Donna me liga, mas nos falamos brevemente, quero estar com minha irmã se é tudo que posso fazer.

Peço pra Luna procurar as roupas mais grossas e colocar, peço pra ela cobrir a cabeça e o pescoço e o peito o melhor possível. Mando ela colocar todas as cobertas, edredons e travesseiros dentro da banheira e se enfiar nela. Penso em molhar a cobertas, mas se tivermos algum fio solto com a explosão possivelmente teremos um choque de grandes proporções. Mando ela levar o coxão, colocar sobre a banheira e entrar tampando a banheira toda.

Falo pra Luna amarrar algumas cobertas em torno do corpo, quando ela já estiver dentro da banheira. Por fim peço pra ela deixar o celular do lado, mas não próximo ao rosto. Ela vai ouvir, mas não vai falar. Pois precisará, assegurar que seu rosto esteja seguramente tampado.

Dentro das possibilidades, era tudo que podíamos fazer.

Peço que ela aguarde um minutinho e a coloco no mudo.

Ligo para Lorenzo e peço pra ele ir para o quarto. Pelo tom da minha voz, ele sabe que é urgente e vai rapidamente.

Ligo pra Enrico que está em seu carro saindo da festa, peço pra ele parar o veículo e ele faz.

Explico aos dois a situação.

Corto todas as bobagens e as palavras odiosas que eles dizem e explico que, ela tem pouco tempo, que se quiserem fazer algo bom e estar com ela pra que ela passe mais tranquila por esse momento, essa era a hora.

Abro a ligação com Luna.

Temos dois minutos antes da explosão e preciso que ela se sinta o mais amada possível e saiba que estaremos aqui, assim que a merda passar.

E eu sei que vai passar.

Mulheres Poderosas IV - LunaOnde histórias criam vida. Descubra agora